segunda-feira, abril 30, 2007

Maratona Ribeiras da Estrela - Paul



Esta foi das boas ....
O percurso foi de certa forma exigente, a julgar pelo desnível vencido, pelo terreno e também pelo calor que se fez sentir em certas alturas.

Daqui da malta da Guarda city, só fui eu e o Mané. Mas, já no Paul, encontrámos muito pessoal conhecido.

Às 9:30 foi dada a partida no centro da vila do Paul. Demos a voltinha à vila e seguimos viagem. Apanhámos o caminho que acompanha a ribeira do Paul na margem Oeste e posteriormente a ribeira das Cortes. Quando para ir para o Tortosendo seria só descer, atravessámos a estrada nacional que vai para Unhais da Serra apanhamos o estradão que vai para o alto dos livros, mas nós iríamos apanhar mais uns caminhos que iriam percorrer aquela "concha" por cima das Cortes do Meio.


Por cima da Ribeira das Cortes.


Espectacular vista da Serra da Estrela.


Mais Serra da Estrela.


Mané.

O primeiro abastecimento foi na Bouça, estavam feitos perto de 20 Kms e seguiu-se a descida para as Taliscas pelas Cortes de Baixo. Até aqui vim praticamente sempre com o Mané e com o Luís do Tramagal (um companheiro dos tempos da UBI que vim aqui encontrar hoje) e um amigo dele.


Na subida para Bouça.


As vistas ...


O Luís do Tramagal.


Eu.


A caminho de Bouça, mais um companheiro da Covilhã, o Joca.


Ainda a caminho de Bouça.


Lindo ...

Mané e eu no primeiro abastecimento na Bouça.

Já nas Taliscas, inevitavelmente e como prometido, lá fiz um desvio para ir tocar o sino antes de voltar a atravessar a ribeira. O menino Becas e o pai, não estavam em casa, mas estava a menina Diana com o menino Martim. Visita feita e lá voltei ao caminho em direcção ao Paul onde faria o segundo abastecimento (este já mais bem recheado).

Aqui dei conta de mais um ubiano (do meu curso) que tinha vindo com o Rui Paulo, o Henrique. O Mané tardava em aparecer, seguimos viagem para a segunda parte do percurso. Afinal o Mané teve problemas de sobra com o pneu e as câmaras de ar que acabou por não fazer a totalidade do percurso. Eu, o Henrique, o Luís e o amigo do Luís (que ainda não sei o nome) fizemos o resto praticamente juntos.


Ao fundo as Taliscas.


Marcações.


A caminho de Casegas.


Ao longe a Erada e ainda se vê um um bocadinho de Unhais da Serra.


Mais uma paragem intermédia.

Desta segunda parte, começou-se a subir (e bem) para sair do Paul em direcção a Casegas. Bonitas paisagens que vimos por aqui. Se na primeira parte andamos sempre nas barbas da Serra da Estrela, nesta segunda parte tivemos o privilegio de passar em locais lindíssimos na zona de Casegas, Ourondo e Barco.


Durante a paragem.


Henrique e à frente de minha roda mais um bttista.


Chegada a Casegas.


Luis e Henrique.
Assim que cheguei ao Paul ..... mais um ubiano, o David Gouveia que nem sabia que era dali do Paul e que também estava ali a dar uma mãozinha na organização. Isto de ubianos estava bem recheado. É malta rija :)

A organização está de parabéns. Foi uma maratona excelente, com bons trilhos muito bem marcados, bonitas paisagens, participantes .... foi o numero certo, pois assim não houve confusões com banhos, filas no secretariado, filas para almoçar, etc, etc .....

Não há fotos a partir do Ourondo, pois fiquei sem pilhas! Se entretanto arranjar alguma, venho cá deixa-la.

Para o ano .... lá estaremos!

...

Depois de uma troca de mails com o Luís do Tramagal, ele deu-me o contacto do Jorge (o companheiro do pedal que tinha vindo com ele) que acabou por me enviar a fotografia que tiramos na praia fluvial do Ourondo. Aqui fica ela:

Luis, eu, Henrique e Jorge na praia fluvial do Ourondo.

domingo, abril 22, 2007

Caminho Portugues de Santiago de Compostela


Quarta-feira, dia 19 de Abril de 2007. Ainda não eram 5 da manhã já estava eu de alforges às costas da Lolita para ir ao encontro do meu amigo Coelho, na estação de caminhos de ferro da Guarda. Às 5 e pouco, apanhámos o comboio regional para a Pampilhosa e lá apanhámos outro regional que nos levou à estação de Campanhã no Porto.


Na estação da Guarda e dentro do comboio regional.


Saída da Guarda.

Por volta das nove horas estávamos no Porto e rumámos até à Sé do Porto onde iríamos começar o caminho.

Eu e o Coelho à porta da Sé do Porto.


Primeira seta amarela, à saída do largo da Sé do Porto.

Os primeiros quilómetros demoráram muito tempo a fazer, pois para sair do Porto apanhámos muito transito e o caminho passava por muito locais onde o transito circulava em sentido contrário que nos obrigava a ir por vezes a pé pelos passeios.


O caminho dentro da cidade do Porto.

Praticamente, eram 11 da manhã e ainda estávamos pelo Porto. Só começámos a rolar mais assim que passávamos por Leça do Balio, Maia, etc .. A parte mais complicada e mesmo perigosa foi ter que atravessar a estrada N13, antes da zona industrial da Maia, que além do movimento tinha separador central.

A certa altura quase nos encontrámos com o meu primo Mané, que andava em trabalho por aqueles lados. Falámos com ele ao telemóvel, estávamos nós na aldeia de Mosteiró e ele tinha passado à uma hora atrás numa estrada nacional ali ao lado.


Rio Este.


Durante uma das muitas paragens para comer.


A descansar à sombra.

À medida que os quilómetros passavam, atravessávamos zonas mais rurais e por sua vez muito bonitas.


Eu.


Coelho.

Chegados a Rates, fomos procurar um local para nos carimbar a credencial de peregrino, pois só a tínhamos carimbado na Sé do Porto. Não foi fácil, ainda perdemos algum tempo, mas lá nos desenrascamos.


Coelho à porta da igreja de S. Pedro de Rates.


De volta aos caminhos a 14 Kms de Barcelos.


A contemplar as paisagens minhotas.

Mais uns quilómetros e chegámos a Barcelos. Atravessámos o Rio Cávado, visitámos a capela e fomos ao cartório da paroquia de Santa Maria Maior, para carimbar mais uma vez a credencial. Aqui em Barcelos tratámos de comprar mais comida para o caminho e comer alguma coisa para repor as forças.


Rio Cávado.


Atravessando o Rio Cávado em direcção à zona antiga de Barcelos.


Na ponte sobre o Rio Cávado.


Um dos muitos galos espalhados por Barcelos e a igreja matriz de Barcelos.

Por causa de umas obras e de umas rotundas novas andámos algum tempo desorientados à procura do caminho, mas felizmente um senhor reparou em nós e veio ter connosco para nos dizer o sentido a tomar. "Os peregrinos empancam sempre aqui, está mal sinalizado.", disse-nos ele.


Pelas ruas de Barcelos.

Saímos de Barcelos e seguimos em direcção a Ponte de Lima, onde iríamos dormir a primeira noite na pousada da juventude.


O Coelho e as vaquinhas do Minho.


De volta ao caminho.


Uma das zonas de calçada antes de Ponte de Lima.


Mais caminho.


Passagem por mais uma aldeia minhota.

Ao chegar a Ponte de Lima, fomos à procura da pousada da juventude, onde ficamos muito bem instalados. Ponte de Lima é uma terra lindíssima que vale a pena visitar. Fiquei com a vontade de lá voltar com mais tempo para passear, pois também fomos muito bem tratados.


Ponte de Lima.


Eu em Ponte de Lima.


Coelho em Ponte de Lima.

Quinta feira, dia 20 de Abril de 2007. Ainda na pousada da juventude tivemos o primeiro contacto com peregrinos que rumavam para Santiago de Compostela. Estes eram um casal alemão, já reformado que vinham por estrada já desde Faro. Estivemos um bocado na conversa e prosseguimos a nossa viagem.


No quarto onde ficamos na Pousada da juventude de Ponte de Lima.


No quarto onde ficamos na Pousada da juventude de Ponte de Lima.

A etapa de hoje levaria-nos desde Ponte de Lima até Pontevedra, já por terras galegas. Como na noite da saída da Guarda só tínhamos dormido uma ou duas horas, a noite passada na pousada da juventude foi bem dormida e só por volta das 10 da manhã é que estávamos a sair de Ponte de Lima.


Atravessando o Rio Lima.


A deixar Ponte de Lima.

O segundo dia foi sem dúvida o mais difícil, pois grande parte do percurso era em calçadas (algumas delas romanas) e outra parte do percurso era com a bicicleta às costas.


Uma parte menos rolante.

Uma das dificuldades que estou a ter ao escrever estas palavras, é o facto de olhar para algumas fotografias, identificar os locais por onde passámos, mas não me recordar o nome das localidades. Talvez porque na maioria das vezes, entrávamos e saíamos das localidades pela "porta do cavalo" e nem sequer passávamos pela placa com o nome da terra.


Talvez em Arcozelo.


Um bom caminho entre Ponte de Lima e Valença.

Apesar de nos sentirmos bem fisicamente, íamos com um ritmo lento devido aos troços em mau estado, mas o pior deles estava para vir...


As setas amarelas nas paisagens minhotas.


A caminho de Valença.

Na aldeia de Revolta, parámos na mercearia ao lado do caminho para comprar fruta e água e carimbar de novo a credencial.


Na aldeia de Revolta.


Mais uma aldeia do Minho.

Eis que chegamos a uma zona em que a seta amarela indicava um troço difícil no inicio e impossível de pedalar mais à frente.


Eu e o Coelho numa boa zona de alcatrão e o inicio da parte mais difícil de todo o caminho.


Coelho e eu, antes de começarmos a ..... caminhar.

Até chegarmos à calçada que nos levava por S. Bento da Porta Aberta até Valença fomos nós que tivemos de carregar as bicicletas e não ao contrário como até aqui. O caminho não era fácil, nem mesmo para andar a pé, muito menos quando as bicicletas tinham agarradas a nossa bagagem.


A subida e eu junto a uma cruz situada a algures na mesma subida.


Coelho a puxar pela bicicleta.


A minha vez de puxar pela bicicleta.

Continuação da subida ...

Os únicos metros a direito que andávamos era quando atravessávamos um ou outro estradão de terra batida para continuar a subir o nosso trilho.


Aqui já faltava pouco.


À procura de água.


A encher o cantil.

Depois desta bonita subida, entrámos finalmente em calçada.


Calçada para S. Bento da Porta Aberta.


A apreciar as ultimas paisagens minhotas do dia.


Capela de S. Bento da Porta Aberta.

Aqui em S. Bento da Porta Aberta onde a calçada entroncava com as estradas que iam para Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Valença, parámos para comer e rever como estava a correr a etapa.
Estávamos as 14 Kms de Valença, já passava das 14:00, tínhamos somente 18 Kms feitos, com o percurso sinuoso que trouxemos tínhamos uma rica média de 8 Kms/hora e por aquele andar estávamos a comprometer a chegada a Pontevedra.
Tínhamos então que optar para recompor o dia entre descer para Valença pela calçada onde passava o caminho ou fazer a descida ao lado pela nacional. Tomamos a opção mais conscienciosa que foi descer pela nacional. Com isto recuperámos algum tempo, mas o dia ainda não estava "recomposto".
Em Valença parámos para almoçar e comprar umas sandes para o caminho.


Rio Minho.

Tive pena de não termos muito tempo de visitar Valença e a sua fortaleza pois já levávamos bastante atraso, mas fica para uma próxima visita (que já estou a estudar).
Antes de atravessar-mos a ponte, parámos na Cruz Vermelha de Valença para colocar mais um carimbo na credencial.


Coelho e eu, na ponte sobre o Rio Minho que liga Valença a Tui, Portugal a Espanha.


Fronteira.


Mirando la puente.

Chegados a Tui, continuamos em ritmos acelerado para Pontevedra. A estratégia era qualquer bocado de estrada que fizéssemos aproveitávamos para tentar ganhar tempo, pois em caminho de terra por muito bons que fossem tínhamos que ir com precaução devido ao suporte dos alforges.


Chegada a Tui.

Em Espanha encontrámos mais dois tipos de marcações além das tradicionais setas amarelas: azulejos com uma vieira, mais conhecida como concha de Santiago, e pilares com a mesma concha e uma placa indicativa dos quilómetros que faltam até Santiago de Compostela.


Marcação a indicar o caminho.


Nas ruas de Tui e à porta da igreja de S. Bartolomeu em Tui.


Deixando a zona velha de Tui.

Depois de Tui, entrámos de novo em zonas de terra batida. Percursos muito bonitos entre bosques e zonas muito verdes.

Uma pequena ponte do caminho.


Outra marcação pelo caminho.


Zonas muito verdes do caminho.

Ao longo de todo o caminho desde Portugal, podemos encontrar muitos cruzeiros, alguns deles com mais do que uma cruz.


Cruzes do caminho.

A caminho de Porriño o tempo começava a ficar cada vez mais escuro e ameaçava começar a chover. A partir daqui cada vez que passávamos numa aldeia ou mesmo numa ponte ponderávamos parar ou seguir, tendo sempre em conta o próximo local onde nos poderíamos abrigar.


Coelho nas ruas de Porriño.


Eu nas ruas de Porriño.

Entretanto começa a chuviscar, mas nada de especial. Somente pararíamos se a chuva começasse a cair com mais força. O percurso deste dia continuava atrasado, pois além de sairmos tarde, juntou-se o percurso lento entre Ponte de Lima e Valença e juntava-se agora a chuva.


A visita da chuva.

Numa das abertas parámos para comer as deliciosas sandes, que comprámos em Valença. A senhora que as preparou, tratou de as acondicionar bem com papel de alumínio.


Mais um abastecimento.


Entrada em alcatrão, depois do ponto mais alto do percurso.

Chegados a Redondela, seguimos em direcção a Pontevedra. Eram quase 8 horas em Espanha (7 em Portugal) e ainda restavam perto de 25 Kms.


O dia nublado.

Depois de uns 3 ou 4 quilómetros numa indecisão em relação ao caminho parámos para pensar. tínhamos duas hipóteses ou fazer os vinte e poucos quilómetros até ao albergue de Pontevedra, sem saber que tipo de caminho nos esperava e sabendo que tínhamos somente uma hora de luz ou então voltar atrás, optar por dormir no albergue de Redondela e no dia seguinte levantar cedo para fazer o resto dos quilómetros que ficaram por fazer e os que já estavam destinados ao ultimo dia.


Ponte do comboio em Redondela.

Felizmente optámos pela segunda hipótese. Voltámos atrás e fomos à procura do albergue de Redondela. Este albergue fica localizado no edifício da biblioteca bem no centro da vila.
Quando chegámos à porta do albergue, batemos com o nariz na porta pois fechava às 20:00 e já eram quase 21:00. Andámos ali ás voltas a pensar no que fazer até que uma senhora veio ter connosco. Era a senhora que costumava fazer a limpeza ao edifício que vinha do supermercado e viu-nos ali "às aranhas" e veio ter connosco. Como tinha o contacto do responsável do albergue e a chave telefonámos-lhe e ela abriu-nos a porta.
Correu muito bem, só tivemos de ir comprar qualquer coisa para fazer o jantar e enfiar-nos na cama.


A tratar do jantar no albergue.

No albergue não estávamos sozinhos, demos conta que estavam peregrinos a dormir na camarata.
Sexta feira, dia 21 de Abril de 2007, às 7 da manhã já estávamos prontos para pedalar, os cerca de 90 Kms que até Santiago de Compostela. Oos três peregrinos que estavam no albergue, pai, mãe e filha, eram de Praga (República Checa) e estavam a fazer a pé, o caminho português de Santiago.



Janelas da camarata do albergue que nos acolheu.


Uma cara de sono às 7 da manhã a sair do albergue de Redondela.


Outra cara de sono às 7 da manhã a sair do albergue de Redondela.

Entre Redondela e Pontevedra, tínhamos duas subidas. Uma delas era simples e dava-nos uma vista sobre a Ria de Vigo a outra era mais técnica e tinha partes que tiveram de ser feitas a pé.


A passar por um dos peregrinos checos.


Eu a olhar sobre a Ria de Vigo.



Paragem para ver a Ria de Vigo.


Descida para Pontesampaio.



Em Pontesampaio.

A cada quilómetro que fazíamos entre Redondela e Pontevedra, ficávamos cada vez mais conscientes de que no dia anterior tomámos a melhor decisão ao voltar para Redondela.


A segunda subida antes de Pontevedra.

Chegámos a Pontevedra em duas horas, a contar com uma paragem que fizemos para comer qualquer coisa.


Rotunda em Pontevedra.

Em Pontevedra, parámos num supermercado para reabastecer os alforges com comida e bebida e seguimos viagem.


Pelas ruas de Pontevedra.


Atravessando a cidade de Pontevedra.


No centro de Pontevedra.

Depois de alguns minutos a bater as ruas do centro à procura de indicações do caminho, lá seguimos em direcção à ponte que atravessa o Rio Lérez.


Passagem sobre o Rio Lérez.


Abastecimento entre Lérez e Alba.

Até Caldas de Reis, o percurso foi bastante rolante.


Mais uma igreja galega.


Continuando o caminho.


Duas capelas na zona de Caldas de Reis.


Marcações do caminho nas casas.

Em Caldas de Reis atravessamos o Rio Umia e seguimos em direcção a Padron.


Passagem sobre o Rio Umia em Caldas de Reis.


Capela algures, antes de Padron.

Ainda passamos numa zona muito bonita, com trilhos espectaculares como dá para ver nas imagens que se seguem.

Eu junto a mais uma marcação do caminho.


Atravessando mais um bosque galego.


Ainda no mesmo bosque.


Coelho, junto a uma marcação original.


Antes de chegar a Pontecesures.

Em Pontecesures, parámos para mais um abastecimento com vista para o rio.


Em Pontecesures a abastecer.


Mais uma igreja galega.


Ultima paragem antes de chegar a Santiago de Compostela.

Ao chegar aos arredores de Santiago de Compostela, apanhámos obras em locais onde passava o caminho, mas não houve qualquer problema, pois estavam estacas de madeira com placas e setas a indicar o caminho original.


Santiago de Compostela à vista.

E eis que chegamos a Santiago de Compostela e fomos logo em direcção à catedral.

Eu e o Coelho, à porta da catedral de Santiago de Compostela.

Como no dia seguinte iríamos sair cedo, fomos logo à procura da Oficina do peregrino para ir buscar a nossa Compostela, pois no dia no sábado não teríamos oportunidade.


Catedral de Santiago de Compostela.


Catedral de Santiago de Compostela.


Catedral de Santiago de Compostela.

A visita ao interior da catedral de Santiago de Compostela fica mesmo para a próxima vez. Chegámos tão em cima da hora que dá para reparar que na minha fotografia o portão está aberto e na do Coelho já se encontra fechado. Fica para o mês que vem .....


À porta da Catedral de Santiago de Compostela.


À porta da catedral de Santiago de Compostela.

Dos dois albergues existentes em Santiago de Compostela, um deles encontra-se fechado. Como o outro ficava longe tanto da estação de caminhos de ferro, como da zona de restaurantes optamos por ficar alojados mesmo no centro da cidade perto de tudo e com vista para a catedral.


Nas ruas de Santiago de Compostela e as vista da janela do quarto onde ficamos instalados.

O meu amigo Pardal, tinha ficado de nos vir buscar pois com as ligações dos comboios não batiam certo. Mas depois de irmos à estação, ficamos esclarecidos. Conseguíamos ir de comboio para o Porto sem problema nenhum. Durante o jantar liguei ao Pardal para lhe dizer que eu e o Coelho íamos fazer o regresso de comboio.
Sendo assim o regresso foi madrugador. Sábado, apanhámos um comboio da Renfe, em Santiago de Compostela que vai para Vigo. Saímos em Redondela e passados 5 minutos estava a passar o comboio da CP com destino ao Porto.


No comboio internacional da CP que liga Vigo ao Porto.

Às 10 da manhã já estávamos no Porto. Como o próximo regional para a Guarda só saía do Porto às 17:00 optámos por dar uma volta de bicla pelo Porto e por Gaia, até à hora do comboio.


Ponte D. Luis e eu.


Coelho em Gaia.


Cidade do Porto vista de Gaia.


Em Gaia, vista sobre o Rio Douro.


Sobre o Rio Douro.


Sobre o Rio Douro.


O metro.

Chegou a hora de almoço e claro, tínhamos de comer uma francesinha. Nada melhor que numa esplanada da ribeira, com as bicicletas mesmo lado.


O almoço.

Às 21:30, já tinha chegado à estação da Guarda. Só restava cada um pedalar o que faltava da estação dos comboios até casa.

Foi uma experiência muito boa, muito bonita, que recomendo a toda a gente.

Informações úteis para quem estiver a pensar fazer o Caminho Português de Santiago:
- As credenciais de peregrino podem ser pedidas através de várias associações, nós solicitámos as nossas através da Associação Espaço Jacobeus.
- Apesar do caminho estar marcado, os mapas que encontrámos no site da Associação dos Amigos do Caminho Português de Santiago, ajudaram a orientar-nos em zonas menos bem marcadas do caminho.
- Dentro de cidades ou outras grandes povoações devemos contar sempre demorar mais tempo, pois nem sempre as marcas estão à vista. Os caminho estão marcados para se fazerem a pé, daí o existirem zonas em que tenhamos de andar pelos passeios ou em zonas pedonais.
- Os horários dos albergues variam de albergue para albergue, daí que convém chegar cedo para garantir local para pernoitar.
- No regresso a Portugal de comboio, apanhámos o regional da Renfe em Santiago às 6 da manhã com destino a Vigo; Saímos em Redondela e caso não haja atrasos temos 6 minutos de espera até passar o Internacional da CP com destino ao Porto. Em caso de atraso do primeiro comboio a a solução é pedalar 30 Kms em alcatrão desde Redondela a Valença e aí já temos mais comboios regionais para o Porto.
- Contar sempre demorar mais tempo que o normal para fazer o troço entre Ponte de Lima e Valença.
- Usámos suportes de alforges que só se agarram ao espigão do selim. Este tipo de suporte, usa-se melhor em bicicletas de suspensão integral pois as vibrações são absorvidas pela suspensão traseira e não afectam tanto o suporte. A usar numa bicicleta hardtail (como eu), convém ser cauteloso em todas as lombas e caminhos sinuosos, pois o suporte como peso dos alforges sofre alguma oscilação.
- Levámos impermeáveis e protector solar e em três dias, deu para usar as duas coisas.
- O camelback deu sempre imenso jeito no comboio para amarrar as bicicletas com a tira de peito.
- As nossas etapas foram: Porto-Ponte de Lima (90 Kms), Ponte de Lima-Redondela (90 Kms), Redondela-Santiago de Compostela (90 Kms).
- Sem fazer nenhum calculo, só para dar uma ideia do tipo de caminho eu diria que do Porto a Ponte de Lima, temos 50% em alcatrão, 30% em terra e 20% em calçada; de Ponte de Lima a Redondela temos 40% calçada, 40% em terra e 20% em alcatrão; de Redondela a Santiago de Compostela 60% terra, 20% calçada e 20% alcatrão.
- Um dos factores mais importantes para nos sentirmos bem fisicamente foi parar regularmente para comer e beber. Desde sandes, a algumas barras de cereais, bolos, sumos, água e algum isostar.