domingo, março 21, 2010

Entre o Ladoeiro e Castelo de Vide

O desafio foi lançado pelo Rui Sousa durante a semana. A ideia era partir do Ladoeiro e de forma a não complicar a logística, reconhecer dois percursos (por vezes coincidentes) entre o Ladoeiro (Idanha-a-Nova) e Castelo de Vide, percursos para a 8ª Transportugal e Travessia de Portugal em BTT.


Fizemos dois grupos e ora uns ora outros fomos pedalando e trazendo os carros para o final da etapa. Arrancámos do Ladoeiro a meio da manhã fizemos os primeiros Kms na direcção do Rio Ponsul.






O dia estava mesmo primaveril. Foi mesmo um brinde à Primavera, não fosse então dia 21 de Março.

Apanhado pelo radar

Outro


A prova do tão encharcados que estão os terrenos, vê-se nos pequenos ribeiros por onde passámos, que normalmente nem chega para molhar um pneu completo, mas que deu para molhar e bem ...



Ainda antes de Lentiscais , apanhamos trânsito muito condicionado. "Gente" muito desconfiada que ainda nos fez questionar uma alternativa e até mesmo pular a cerca.






A Oeste, Castelo Branco

De Lentiscais pedalámos até Vila Velha de Rodão. Passamos ao lado da barragem de Cedillo, que faz fronteira entre Portugal e Espanha. Está localizada naquela pontinha do mapa onde o Rio Tejo e o Rio Sever fazem a fronteira natural entre Portugal e Espanha.


Rio Tejo

Em Vila Velha de Rodão, fizemos o abastecimento do meio do dia. Atravessámos o rio para o Alentejo e entrámos numa zona à beira rio simplesmente magnifica.

Portas de Rodão





Esta foi o Mané, mas o Ricardo também tirou uma igual.


Nesta parte começaram os sobes e desces, mas nada de especial. A destacar somente uma rampa que nos apareceu no meio do caminho e que ninguém fez na totalidade em cima da bicicleta tal era a inclinação.





Para não variar, mais um burro nas nossas voltas




Toiro lindo....que não gostou muito da companhia


No fim do nosso troço, a foto da praxe

Fotografias minhas (muito poucas pois a maquina fez greve), do Ricardo, do Mané e do Dragão Coelho (que teve de festejar os golos do Benfica por não ter conseguido fazer a rampa em cima da bicla)

domingo, março 14, 2010

Amendoeiras em flôr

Para começar, tenho que começar por agradecer a todos o excelente fim de semana que foi sem dúvida muito bem passado.

No sábado, sempre com o olhar atento do amigo Pardal, 13 BTTistas do Clube de Montanhismo da Guarda fizemos 106 Kms para ligar a cidade da Guarda a Freixo de Espada à Cinta e no domingo os 14 juntámo-nos aos mais de 200 caminheiros da cidade mais alta para fazer a caminhada entre o Penedo Durão e Barca de Alva.

Assim, para uma volta relaxada, pouco passava das 7 da manhã quando eu, o Mané, o Sousa, o Ricardo, o João Luís, o Zé, o Joca, o Nelson, o Vicente, o João Saraiva, o Lavajo, o Coelho e o Miguel começamos a pedalar. Estava fresquinho ....


Para não "hipotecar" o final do dia e também porque com tanta chuva o ritmo do pessoal não é o melhor, fizemos da Guarda a Pinhel sempre por alcatrão.


Nas paragens foi sempre necessário ter cuidado com os desvios, pois por vezes as bicicletas desapareciam dos lugares. Como da para ver na foto seguinte o senhor de amarelo, não foi apanhado com as calças na mão, mas quase...


A primeira paragem da malta foi em Malta, para que os mais agarrados ao café da manhã pudessem tomar a dose diária recomendada aquela hora do dia.


À entrada de Pinhel já tínhamos à nossa espera o Pardal. Se até aqui o íamos vendo de vez em quando, a partir do momento que nos metemos em terra, já fomos marcando com ele pontos de encontro.


Eram 9:30 e como previsto deixámos o asfalto e deixámos Pinhel. Atravessámos a ponte da Ribeira das Cabras e virámos à direita para entrar no tipo de terreno que afinal de conta mais gostamos de fazer.



Até chegarmos ao vale do Rio Côa, andámos quase sempre em caminhos agrícolas entre muros. Caminhos bem batidos e boa visibilidade para apreciar as vistas.


E se durante o asfalto a tendência foi alguma dispersão do grupo, assim que entrámos em terra, andámos praticamente sempre em bando.









Em terra as coisas começaram a ganhar um animo diferente por duas razões, as paisagens passaram a ser mais agradáveis e rolava-se mais devagar o que permitia não apanharmos o frio à semelhança dos primeiros kms.






A descida para junto do Côa foi por um trilho espectacular praticamente cavado na encosta.







A meio da descida, fizemos uma paragem estratégica para tudo e mais alguma coisa. Ir ao wc, resolver pormenores alguns mecânicos, tirar fotografias, abastecer, colocar protector solar e apreciar as paisagens.


O gajo mais rijo da volta

Não dá para ver, mas o Joquinha que a meio da semana esteve inclinado para não vir, apareceu. Apareceu, mas com a perna envolta em ligaduras. Essas mazelas trouxe-as da maratona de Arganil da semana passada e nada está relacionado com o ter acusado o Mané de bullying por diversas vezes durante o dia.



O Mané é sem duvida o gajo mais precavido de todas as voltas. Aqui esta com o protector solar na mão (não, não são laranjas), valeu-lhe ser o único a não ficar com a cara vermelhusca do sol.





Continuámos a descida em direcção à nossa única forma de passar o Rio Côa, a ponte da estrada mais conhecida pela estrada da excomungada.






Assim que ultrapassámos o rio, rumámos a Bizzaril por um caminho alcatroado recentemente.


O Côa está com um caudal espectacular, que convida mesmo dentro em breve a umas descidas aqui parta estes lados.




Do Côa para Bizarril, subiu-se bem, mas tivemos a atenuante de ser em asfalto.



O dia não estava propriamente quente, mas houve que nos tivesse tirado o "pio". Um casal que ali passava de burro, disse-nos que nós assim .... nem transpirávamos. E esta??



Continuámos a nossa volta, mas por um caminho diferente do que inicialmente tinha planeado. Em vez de descer à linha de água e subir um caminho bem inclinado, alargamos a volta, e contornámos a ribeira em questão.


A Serra da Marofa esteve sempre presente. Se quando fizemos a GR22 e passámos aqui estávamos sempre a vê-la, nesta volta, praticamente a tínhamos em linha de vista desde a Guarda até ao Penedo Durão.


Apanhado no Radar

Serra da Marofa

Depois de Bizarril, começámos a apanhar as primeiras amendoeiras e logo começámos a avistar a aldeia histórica de Castelo Rodrigo.








Chegamos à zona industrial de Figueira de Castelo Rodrigo e fomos ter como Pardal que estava a nossa espera à entrada de Castelo Rodrigo.




Não parámos por ali para almoçar e fomos tratar de nós a Figueira. Estava a chegar a hora da faca e do garfo.




Em Figueira de Castelo Rodrigo estava difícil de petiscar qualquer coisa. Valeu haver feira...e valeu o Mané ter trazido a faca e o garfo. Sem isso, nada feito...


Queijo das Freixedas

Lateiro da Guarda

Gémeas



Huumm, não comento...

Apesar do Lavajo ter uma forma estranha forma de usar o telemóvel, não foi ele que fez uso do halibut aqui em Figueira. Ao minhoto da volta, valeu o Mané ter-se lembrado de trazer a pomada.

Esta paragem foi um pouco mais demorada que o que estava a contar. Depois de toda a gente ter abastecido, seguimos para Barca de Alva.

Engarrafamento na ponte




Esta parte do percurso era praticamente a rolar e a descer. Não havia nenhuma subida digna do nome.




Nesta zona há que ter sempre atenção aos portões, pois temos de nos certificar que os deixamos fechados depois da nossa passagem.








A lama era pouca, mas dava para chapinhar. Quiz-me parecer que houve aqui uns pequenos picanços para ver que chegava primeiro à água.






Maluuuco

E na descida para Barca de Alva, já com o Rio Douro à frente, plantei a minha figueira. Já há muito que não ia ao tapete. Apesar do aparato, podia ter sido pior...



A paragem aqui foi para ganhar fôlego, pois a subida do dia ainda estava por fazer.






Fomos na direcção da calçada de alpajares, mas não a fizemos. Logo lá voltamos para a fazer em sentido contrário. A subida para Poiares foi feita por onde passava antes a Transportugal.




Como dá para ver pelas fotos seguintes, esta zona da Ribeira do Mosteiro tem paisagens lindíssimas. Pedalar ou andar a pé por estes lados é sem duvida muito agradável.




Deu para nos apercebemos do quanto é bonita esta zona. A entrada para a calçada convida-nos a visita-la muito em breve.











Não fizemos a calçada (que tinha ponte para atravessar a ribeira), fizemos um caminho sem ponte. O resultado está à vista e foi por pouco que ninguém ficou a pé.


Quando cheguei já o Mané estava do lado de lá, mas o Sousa a pedalar nas calmas lá conseguiu "pedalar contra a maré", chegando ao outro lado montado na bicicleta.


A opção mais cuidada, foi mesmo passar de pé descalço e do lado de lá calçar as meias sequinhas. A ribeira ainda tinha uma corrente jeitosa, que o diga o Miguel que como dá para ver no vídeo se estava a ver aflito para dominar a bicicleta. O Lavajo, bem esse foi por pouco que não tinha de pedalar descalço e pedir a alguém no Porto para lhe apanhar lá as sapatilhas.









E as vistas quanto mais se sobe, mas espectaculares ficam.




Joca-Rei

Cansaaaado... naaa, foi só para a fotografia



Aqui o pior já estava feito, restava pouco para Poiares.


Tricot ou será mesmo renda?

Ecoponto


A espera que abra a peixaria

Uma rampa surpresa em Poiares


Mais ou menos à hora prevista chegámos ao Penedo Durão onde o Pardal já tinha passado pelas brasas.



Todo o team do fim de semana, no Penedo Durão


Barragem de Saucelhe

Com Freixo Espada à vista.




Já em Freixo, arrumamos as tralhas, tomamos banho, orientamos a dormida no pavilhão cedido pela câmara municipal e fomos jantar.



Como o Coelho tinha orientado, foi em cheio. Posta Mirandesa para toda a gente....no restaurante E.T.C. que nos serviram e despacharam muito bem. Ficámos satisfeitos com tudo.


Depois da janta seguiu-se o festival internacional de tunas de Freixo Espada a Cinta. Como dá para ver na foto, o pessoal estava com sede...



No dia seguinte o "programa das festas" era a caminhada.


Fomos ao encontro do Janeiro que vinha buscar-nos de jipe para o Penedo Durão.






O dia amanheceu muito ventoso.



Enquanto esperávamos pelos caminheiros , apreciamos melhor o local.




Passarada por aqui vê-se bastante. Vimos desde grifos, a abutres do Egipto a passar pelo inconfundível milhafre real. Inconfundível pelo seu característico rabo de bacalhau. Aos poucos vou aprendendo, a fase dos tartaranhões e dos abelharucos ficou lá para os lados de Linhares da Beira.

À primeira vista poderia ser um estorninho, mas não, é mesmo o João Luís




Entretanto, directamente da cidade mais alta, chegaram os 4 autocarros com gente para a caminhada que correu lindamente.


A julgar pelo lenço do senhor de bigode, são sportinguistas :)





Aí vão elas...












Já praticamente no fim da caminhada, liga-me a minha comadre que me diz para olhar para a amendoeira mais bonita ao pé de mim e me deu a novidade... :) O que será? Em breve saberemos...






Esta zona foi onde apanhámos mais amendoeiras. E ficou já combinado que esta boa descida, vai ser visitada a subir em breve e quem sabe para descermos pela calçada de alpajares. Logo cá voltamos...




Tudo correu lindamente. Seguiu-se o almoço e a viagem de regresso à cidade mais alta.





Mais um fim de semana desportivo 5 estrela.
Está visto que o grupo vai aumentando e se vai compondo. Também ficou provado que temos companheiro para nos aturar nestas andanças, eh eh Obrigado Pardal.

Altimetria dos 106 Kms: