domingo, dezembro 30, 2012

A ultima de 2012

E a ultima "BTTzada" do ano foi uma volta em cheio. O mentor e desafiador foi nada mais nada menos que o Miguel Silva que estudou, desenhou, organizou este belo passeio. Com a cumplicidade do Cordeiro a cereja no cimo do bolo ficou para o fim do dia, para depois do empeno.


Para onde íamos ninguém sabia (à partida). Com concentração às 8:00 na Covilhã, a malta foi-se juntando vindo de vários pontos e à passagem no Teixoso o grupo ficava completo.


A subida inicial foi por Gibaltar e pela Atalaia. Em velocidade cruzeiro nesta primeira subida de asfalto, ouviu-se uma boca desafiadora de quem já deitava alcatrão pelos olhos. Como ninguém se fez de rogado em vez de se fazer o resto do asfalto até ao cruzamento do Sarzedo, entrámos em terra batida por uma subida bem conhecida dos nocturnos da cova da beira.



Por entre os pinhais desta encosta e pelos caminhos de caruma, chegamos ao alto de São Gião. Havia muita cara pálida durante esta subida. Costuma-se dizer "elas não matam, mas moem" e neste caso alguns estavam a remoer a dura noite anterior. 
Novamente em alcatrão descemos ao Sarzedo.



O frio não era muito, o que tornou o dia bem agradável. Depois de percorrer a "via de cintura externa" do Sarzedo entrámos novamente em terra para continuar a descida até à ponte sobre o Rio Zêzere à entrada de Valhelhas.






Em Valhelas o Zé Ângelo precisava de atestar o cantil com água. Enquanto uns deram um salto a Valhelhas buscar água, outros (provavelmente) mais desidratados trataram, de fazer uma operação STOP junto à ponte.



Graças à operação STOP o co-piloto da viatura que se vê nas fotos ia ficando sem gota para almoçar. Da próxima já sabe que não pode levar o garrafão à mostra e muito menos mostra-lo em andamento a um grupo de "biciclistas".



Logo a seguir à ponte virámos à direita para fazer os 10 Kms mais rolantes de todo o dia. Mas se o percurso era simples por aqui, há sempre quem consiga arranjar dificuldades extra. Se alguém quiser saber como se faz este serviço (abaixo) a uma corrente, terá de perguntar ao mestre Ricardo Ramos.




Um pouco depois de Gonçalo, começamos a trepar uma boa subida para o Seixo Amarelo que em pouco mais de 2 Km nos fez vencer 250 metros.




Já à frente da fonte da escola primária, parámos para atestar os depósitos de agua e comer qualquer coisa. Aproveitámos para tirar um retrato à boa disposição da malta.


Da esquerda para a direita (em cima) os 11  do dia: eu, Cordeiro, Rogério, Berrincha, Miguel, Filipe, Daniel, Virgílio, Emanuel e em baixo pela mesma ordem Zé Ângelo e Ricardo.


Mas o Seixo Amarelo apesar de estar lá no cimo do monte, não era o fim da subida. Continuámos a subir e a derivar para Sul ao encontro de um outro caminho que vem de Valhelhas.



Apesar do dia cinzento as vistas começavam a ser cada vez melhores, não estivéssemos nós já bem altos.




Já sob a encosta do lado de Famalicão da Serra pedalámos rumo ao conhecido alto de Famalicão. No caminho em conversa com o Rogério, tentávamos chegar ao nome daquela zona que até dá o nome ao Parque Eólico. Nome este que vem do marco geodésico que ali está, o nome "Mosqueiros" não me veio à cabeça.


Este bonito trilho  rodeado de vegetação torna-se bonito em qualquer altura do ano. No Verão agradecemos a sobras no outono apreciamos outras cores. A foto abaixo foi tirada em 2009 e mostra o verde deste caminho noutra altura do ano.



Mas não estávamos no Verão. Estávamos no Inverno. O cinzento do céu e algumas gotas de agua ainda me fizeram vestir o impermeável antes de prosseguir viagem, mas felizmente arrependi-me de o vestir. Foram as únicas gotas do dia. 



Depois do alto de Famalicão descemos um pouco. Não tomamos logo a subida para o planalto, pois fomos apanhar a subida que liga Famalicão da Serra ao cruzamento dos 4 caminhos antes do Cagarraz. A Mata do Fragusto é normalmente passagem habitual quando se anda por aqui, mas desta vez também para variar um pouco, não virámos para lá e fomos em frente na direcção do Mondego.


Descemos à Ribeira do Quêcere (que nasce no Gorgulhão das linhas de água que se juntam perto da casa florestal) atravessámos o pinhal e mesmo com a Quinta da Taberna na nossa direcção não estava programado ir até lá.  


O nosso percurso passava por um caminho que gosto muito de fazer, contornar a Norte o Cerro do Gato e a Serra de Bois.




Pelo caminho alguém quis trocar de veiculo, mas desistiu da ideia. A incompatibilidade dos elos rápidos para a corrente ajudou na decisão.



O Rio Mondego estava mesmo à nossa beira. Lá em baixo, mas à nossa beira. Sem o vermos estava bem presente, pois as "rugas" da montanha denunciam aqui o seu curso.



O mais natural por aqui é fazer paragens, principalmente quando passeamos em grupo. As tentativas de conseguir conjugar toda esta paisagem, com a nossa passagem e encaixar tudo isto em fotografias para matar saudades em casa, a isso obriga.



O maciço central da Serra da Estrela, não se deixava mostrar graças ao nevoeiro.


O Rio Mondego (ainda bebé) aparecia finalmente e mostrava-se com bastante água, não estivéssemos nós a passar por um Inverno generoso de chuva. 



O grupo reagrupou antes de descer para o Sameiro. 






Até chegar ao Sameiro, a descida foi mais que divertida, mesmo com algum asfalto que existe agora por aqui.


Seguiu-se o empedrado à beira Zêzere até Relva da Reboleira e depois rumámos a Vale da Amoreira.




No Vale da Amoreira fizemos a ultima paragem re-abastecedora. Entre coca-colas, cafés, sandes de queijo e de presunto, foi-se matando a fome.


O destino seguinte foi Verdelhos e para ultrapassar o monte que tínhamos à frente, estava destinado subir à Fonte dos Amieiros. Com a vontade que todos tínhamos de chegar a casa, a subida foi feita a bom ritmo. O grupo começou a desmembrar-se em Verdelhos entre percursos alternativos e ritmos mais acelerados  cada um rumou a casa para conseguir honrar as horas do compromisso seguinte.


Na fonte dos Amieiros o grupo já não tinha o Filipe, nem Berrincha e o Ricardo. O Zé Ângelo na companhia do Rogério também se separava aqui. O restou desceu para o Teixoso e pelo TCT chegamos à Covilhã. Estávamos quase todos em casa.


Mas a actividade continuou mais tarde.....
Se no BTT se  fala muito em carbono, titânio, alumínio, etc o ferro foi para terminar. Não que estivéssemos no Ferro, pois estávamos lá perto, mas porque as panelas de três pernas onde se fazem bons cozinhados, são normalmente feitas neste material.


Para acabar o dia em grande, em cima de um bom passeio de BTT estes amigos proporcionaram uma bela jantarada, com o tempero dos BTTistas que ficaram de serviço ao tacho (Rui e Santa Rosa). Um convívio 5 estrelas, não fosse isso um dos pontos mais fortes deste deporto rei que prima pela amizade e pelo companheirismo. Agradeço a todos estes amigos, este dia bem passado, mas em especial ao Miguel Silva e ao Cordeiro.



O ultimo dia de BTT de 2012 foi assim....

E para que conste o número do dia foi mesmo o 29, vinte e nove, XXIX, twenty nine.... A deixa foi dada pela grande maquina do Filipe Roberto, mas o mote foi dado pelo Rogério, durante..... muitas vezes. :)