domingo, junho 24, 2012

180 à volta da Estrela


Sábado foi dia de tirar o mofo à asa com um fim de tarde de voo "à Linhares da Beira". Para não variar já não voava à mais de meio ano e cada vez que apareço por estas bandas a malta fica admirada. Já lá vai o tempo que a admiração era não estar... Mas está visto que a Fusion..... ainda marreca bem :)
Esse fim de tarde de ontem, terminou com uma francesinha do Digujá, com a Diana, o Coelho e o Ferrão. 

Como este petisco é normalmente depois de uma boa volta de bicicleta, fiquei com a volta em falta, mas para domingo a minha ideia já era dar uma volta boa em alcatrão. 

Como estava com  vontade, a volta tinha obrigatoriamente que ter mais de 100 Kms e tinha que sair bem cedo para evitar o calor que se previa para hoje

Não saí às 5:00 como queria, mas às 7:00 estava a sair de casa. Ainda indeciso para onde ir decidi começar até às Pedras Lavradas, estrada que gosto muito de fazer em qualquer dos sentidos.

 Serra da Estrela ao fundo

 Mostra de Espantalhos em Unhais da Serra

Depois de Unhais da Serra apanhei uns brincalhões a brincar com uma pinha no meio da estrada, mas mal voltei atrás para registar o momento com uma foto fugiram por um pinheiro acima.

Esquilos 

Nas Pedras Lavradas tinha de decidir o que fazer, o descer ao Sobral de São Miguel, rumar à Vide ou virar para Loriga. Decidi-me por Loriga e decidi também dar a volta à Serra da Estrela, uma volta que em Abril estive para fazer com o Coelho, Quelhas, Ricardo Marques e Ricardo Reis, mas que abortamos no Porto da Carne com muito mau tempo, chuva, frio e todos molhados. Mas hoje o dia era bem diferente.

 Pedras Lavradas

Outra encosta da Serra da Estrela  

Vistas para os lados do Açor 

 Passagem por Alvoco da Serra

 Alvoco da Serra

 Monte Colcurinho à vista

Um gajo da Guarda 

Uma perdiz a apreciar as vistas 

Assim que passo o cruzamento do Fontão aparece-me Loriga. Parei no mirante 5 minutos para contemplar estas vistas que bem conheço e que nunca me canso de ver.

 Sempre linda, Loriga.

A Leta estacionada no mirante 

Não precisava de água pois ainda tinha bastante, mas agua de Loriga é agua de Loriga. Parei então para trocar a agua dos cantis na fonte da casa do guarda.
 
Agua boa da serra


Às 9:00 estava a passar Loriga e o próximo destino seria Valezim, São Romão e Seia.

 Passagem pelo Malha Pão

 Cruzamento da Lapa dos Dinheiros

Na estrada 

 Descida para a Ponte de Juncais

 Ponte de Juncais

 Igreja Matriz de São Romão

 Rotunda em Seia

 Seia

Entrei na estrada da beira (nacional 17) onde o trafico rodoviário já não permite tanta fotografia. Não reparei quantos quilómetros já levava, mas às 10:00 estava a passar por Pinhanços.

Nos arredores de Gouveia 

 Vista para o São Tiago e Santinha

Folgosinho à vista 

Linhares da Beira sem ninguém no ar 

Celorico da Beira 

Depois de Celorico começava a subida "aos poucos". Passagem pela Ratoeira, Lageosa do Mondego, Vila Cortês do Mondego, Porto da Carne.

Lageosa do Mondego 

E é no Porto da Carne que a subida se acentua e o calor também. Na Lageosa meti água, mas não era muito fresca de maneira que no Soito do Bispo meti agua bem fresquinha.

 Chafariz do Soito do Bispo

Mizarela 

 Barragem do Caldeirão vista dos Chãos

Cheguei à Guarda um pouco antes das 13:00. Em vez de ir directo para a Covilhã, liguei ao Mané para me fazer companhia a beber uma coca-cola na alameda.

 Sé da Guarda

Na Alameda de Santo André 

Na Alameda de Santo André come-se normalmente uma boa sandes de leitão, mas hoje não havia. Em substituição comi uma bifana que custou o preço de duas sandes mistas do Mondeguinho.

Como se estava bem à sombra e na conversa parei por ali uma hora na companhia do meu primo Mané. Só às 14:00 é que me fiz à estrada. A parte mais fácil da volta tornou-se a mais difícil graças ao calor.

Rotunda do G

A descida da Santa Cruz para a Vela estava muito, mas muito quente como nunca ali tinha sentido. A descer sempre acima dos 50 Kms/h por vezes passava em zonas de calor que quase me deixavam zonzo.
Claro que o resto da viagem não foi mais fresco. Mantive um ritmo certo e mais lento para não abusar, pois nem agua conseguia beber de tão quente que estava.

Assim que passeio pela Srª do Carmo já só pensava numa bebida fresca e um banho de agua fresca também.

Passagem pela Srª do Carmo

Assim que cheguei ao Tortosendo, fui directo ao "Mais um café", simplesmente conhecido como "mais 1" para de imediato beber uma cola carregada de gelo. Estavam feitos 180 Kms, à volta da Serra da Estrela.

Seguiu-se o banho de agua fresca e sem dar por isso... uma pequena "siesta".

domingo, junho 03, 2012

Travessia do Mondego em BTT (Sevilha-Figueira da Foz)


Pegando no cenário que deixámos em Abril, após dois dias a pedalar, aí estava o inicio de mais um fim de semana 5 estrela.
Assim, cumpridos dois dos três dias propostos para ligar a nascente do Rio Mondego à sua foz, iniciamos o dia no local onde tínhamos ficado da ultima vez, Sevilha, no concelho de Tábua. 



Saímos cedo da Guarda (7:00). Apanhámos um artista de Celorico da Beira e seguimos para Tábua, onde tomamos o pequeno almoço na primeira pastelaria que encontrámos. Estava feito o primeiro abastecimento do dia, antes de pedalar. Quando estávamos a caminho de Sevilha, ainda encontrámos o amigo Tó Gonçalves, que nos recebeu da ultima vez que andamos por aqui.


Da malta que alinhou de várias formas no fim de semana em Abril, nem todos puderam comparecer neste. Uns comprometidos com os estudos, outros com os festivais de Verão, outros com provas corrida de trail, mas ainda aparecerem dois "novos". Dois Coelhos "novos". 
Na logística, o Ricardo Marques deu uma "mãozinha" de manhã trocando a cama por uma viagem madrugadora e o Mané "sacrificou" a sua participação, trocando a bicicleta pelo volante do jipe e andou a aturar-nos o dia todo.



Na pacata e bonita aldeia, tal  reboliço às nove de manhã desperta alguma curiosidade. Mas sabe sempre bem ver a alegria da malta e a partilha dessa boa disposição com as pessoas da terra em perfeita harmonia com estes forasteiros da cidade mais alta.  



Começámos a pedalar às 9:30. Esta primeira parte do dia prometia ser a mais lenta com muito sobe e desce sentido pela proximidade dos "braços" da barragem da aguieira.




Passámos por Espadanal e Ázere, terras já conhecidas de outras andanças.



Em Covelo de Baixo, a malta menos precavida, já andava à procura de água. Dada a animação surge aqui um episódio engraçado.  Enquanto o Nelson enchia o cantil com água da fonte, uma senhora diz lá da janela "olhe que essa água não é boa para beber". Rapidamente o Miguel Coelho responde, deixe-o beber que ele é do Benfica. Passados uns minutos, a mesma senhora estava na rua para ir encher o cantil do Nelson a sua casa.


Depois desta descida mais técnica entrámos em asfalto e por lá fomos até São Paio do Mondego.




Em São Paio o grupo quase aumentava. Uma senhora que ali pedalava, elogiou o grupo. Dizia ela que se fosse mais nova era vinha também. Gostava muito de andar de bicicleta. 
Nós seguimos para a Cruz do Soito, São Pedro de Alva, Silveirinho e depois de Travanca do Mondego descemos à Barragem de Aguieira.



Fizemos aqui a nossa primeira paragem para o reforço alimentar. Apesar da tremedeira da barragem, a malta não se assutou. Enquanto uns comia, apreciavam a paisagem.....




..... outros, viam os peixinhos. Mas que grandes peixões!!!

O Zé mais atento ao caminho e ao excesso de alcatrão arranjou um trilho que atalhou o nosso caminho mesmo no fim da parede da barragem.



Nesta fase o asfalto foi uma constante, pois o caminho mais próximo do Mondego era mesmo o do alcatrão. Passamos bem junto ao conhecido maciço rochoso conhecido por Livraria do Mondego e subimos a Penacova.






Depois de Penacova, ambas as alternativas à beira rio continuavam a ser em asfalto. Entre a estrada nacional numero 2 e a estrada nacional numero 110 optamos pela mais sossegada e a que acompanha o Mondego até Coimbra a nacional 110.







Chegamos a Coimbra. Encontrámos mais uma vez o Mané e o Ricardo também já por lá estava. Entre as várias alternativas para petiscar pois estava na hora de almoço, decidiu-se pelo Parque Verde, pois havia programa....






Depois da foto do grupo na ponte pedonal e de descobrir que andava uma bicicleta chinesa no meio de nós, fomos à parte das tasquinhas.










Como deu para reparar o repasto foi bom. Só não há fotografia da sopa que toda a gente comeu do Rancho Folclórico e Etnográfico Cova do Ouro e Serra da Rocha. Já eram 15:00 e a fome era negra. A malta atacou logo por aí e só depois é que foram as sandes de presunto, os carapaus, arroz doce, etc...


O Ricardo despediu-se de nós. O programa dele para sábado era uma prova do circuito AX-Trail. Nós entretanto saímos de Coimbra pela mata do Choupal, onde ainda havia grandes ajuntamentos de pessoal a pic-nicar e a festejar a vitoria da briosa na Taça de Portugal, isto passadas 2 semanas depois da final. Estavam feitos mais de 60 Kms e o que faltava seria tudo muito rolante.



Até à Figueira da Foz, andamos quase sempre a bom ritmo entre o canal e o Rio Mondego. O caminho obrigava-nos a ir em fila indiana o que tornava o percurso ainda mais rápido.









Passámos por alguns condomínios....





Ainda deu para a pesca desportiva.....


Passámos por Montemo-o-Velho onde estava o Mané descansado numa esplanada....


E chegámos à Figueira da Foz. Apesar de ter sido rápida esta parte desde Coimbra até aqui, ainda pedalamos mais de 50 Kms. Entramos na Figueira da Foz com 120 Kms percorridos.

À noite, à hora de jantar a família duplicou. Depois de um jantar bem animado, uns regressaram à cidade mais alta, outros regressaram no domingo de manhã e outros ainda aproveitaram o domingo relaxado para passear. O dia não era de praia, mas deu para se aproveitar muito bem.










Foi mais um fim de semana bem passado, bem pedalado.
O dia em que de bicicleta chegámos à foz do Rio Mondego (porque à nascente esta malta vai lá muitas vezes durante o ano).