quinta-feira, dezembro 31, 2015

De volta no ultimo dia do ano


Novembro, mês de pouquíssimos Kms...... culpa da Invernal de BTT!
Dezembro, mês de nenhum Km (até hoje)...... culpa de muita maçariquice na 17ª Subida do Vale do Sameiro!

No 31 de Dezembro voltei em força com uns bonitos 5 ou 6 Kms com a minha melhor treinadora. :)

domingo, novembro 29, 2015

Invernal de BTT Cidade da Guarda 2015



Invernal de BTT Cidade da Guarda, a razão para eu NÃO ter tempo para pedalar. Irónico, não é?
Mas se por um lado este grande evento da cidade mais alta, organizado pelo Clube de Montanhismo da Guarda e muito bem apoiado por muitos sócios e muitos AMIGOS do clube, me rouba tempo para desfrutar da bicicleta no meio do monte, a verdade é que o resultado final é muito gratificante. Não só pela vertente competitiva ou de recreio associada à bicicleta, mas também pelo envolvimento e pelo convívio que este dia proporciona. Um grande dia de festa que me deixa muito feliz!

Para o ano há mais.

Pagina oficial: www.montanhismo-guarda.pt/invernalbtt
Facebook: www.facebook.com/invernalbtt




domingo, outubro 25, 2015

Campeonato Nacional Absoluto Ori-BTT 2015


O fim de semana foi dedicado ao Ori-BTT. Desta vez fomos até Braga, mais propriamente para o Mosteiro de Tibães, onde se realizou o Campeonato Nacional Absoluto de Orientação em BTT de 2015.

No meu caso, depois de alguns anos ausente, não posso queixar-me de como correu a prova. Com receio de decisões precipitadas, decidi andar com todas as cautelas. Por vezes parece-nos que estamos a perder tempo a interpretar o mapa, mas garantidamente que uma boa opção de trajecto é muitas vezes o melhor tempo ganho. 

No primeiro dia de prova foram realizadas as qualificações para a final (domingo), em que o tempo do mais rápido dita o tempo limite para se ser apurado. Com o meu mapa/prova estávamos vários escalões. Quando terminei a prova senti que tinha feito tudo da forma que me tinha proposto. Não me precipitei, não me arrependi das opções, estava com alguma expectativa..... Para meu espanto tinha feito o 2º melhor tempo. Dos atletas que fizeram a mesma prova que eu, só 3 passámos para a final de Domingo. 

Domingo a prova já era no meio dos "tubarões". Dos 23 qualificados para a Final A, o meu objectivo era o mesmo de sábado. Fazer a prova sem precipitações e medir sem pressas as opções a tomar. Mesmo assim, ainda cometi um erro escusado, o entusiasmo é o que normalmente dá origem a situações destas. Mesmo assim, o erro não teve consequências muito graves, provavelmente 2 ou 3 minutos e ajudou a "colocar-me com a cabeça no lugar outra vez". Acabei em 19º lugar. Fiquei satisfeito e para o ano..... há mais!!!

Aqui ficam algumas fotos tiradas pela organização, o Clube de Orientação do Minho.







domingo, outubro 18, 2015

VII Maratona Terras do Côa



Dia 18 de Outubro, foi dia de rumar ao Sabugal para participar na VII Maratona Terras do Côa. Este excelente evento foi abençoado com uma valente carga de agua durante toda a manhã, mas nem isso conseguiu estragar esta festa. 

Por falta de tempo, só participei no percurso da meia maratona. Conheço parte dos trilhos destas bandas, pois entre as a Grande Rota do Vale Côa, o Centro de BTT, a GR22 em 2007, a GR22 em 2011, Maratona da Malcata,  já houve muitas outras investidas. A zona é muito bonita e sempre gostei muito de pedalar por aqui.

Lama, muita agua, muita areia. Os abastecimentos foram essenciais para ter agua limpa para tirar as areias dos olhos. Tudo no ponto, tudo 5 estrelas (almoço inclusive :))

Fotos registadas pela organização, disponíveis no facebook do Clube Terras do Côa









quinta-feira, outubro 01, 2015

9 anos


Faz este mês de Outubro, 9 anos que o apetite de pedalar motivou a vontade de partilhar voltas, passeios, paisagens. 

A bicicleta, já me acompanha há muitos mais anos, mas o que era habitual eram os pequenos passeios esporádicos, por vezes com interregnos de meses e até anos, mas a bicicleta esteve sempre lá disponível.

Posso dizer que a vontade de querer "converter" as travessias a pé (mais habituais noutros tempos) para bicicleta, a vontade de fazer cada vez mais quilómetros e a vontade de conhecer cada vez mais fez com que as ideias não parassem de surgir. Muitas foram concretizadas, outras adiadas, outras "quem sem um dia....." 

Estão por aqui muitos quilómetros de relatos de nove anos de partilha.

Neste momento que fotografia poderia escolher para ilustrar esta publicação? Terei sempre alguma dificuldade em escolher..... mas esta é certamente uma das melhores paisagens.





domingo, setembro 27, 2015

Grande Rota do Zêzere, a inauguração



Desde a primeira vez que ouvi falar nesta ideia, já se passaram uns bons anos. Dez, onze, doze anos...? Não sei. Talvez tenha sido até num Nevestrela que ouvi pela primeira vez o Zé Maria (Associação dos Amigos da Serra da Estrela) a "sonhar" com este ideia. Algures no fogo de campo, ou talvez na casa que servia de secretariado. Sei que já foi há muito tempo.....

O que na altura parecia uma ideia boa, mas difícil de implementar, tornou-se realidade. Quando digo difícil de implementar digo-o pois, quando a ideia surgiu pouco ou nada se falava de grandes rotas. A verdade é que a ideia não morreu e foi a Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto que teve as ferramentas necessárias para envolver todos os intervenientes de forma a poder dar corpo a esta ideia.

Esta rota, Grande Rota do Zêzere (GRZ) foi então inaugurada nos dias 26 e 27 de Setembro de 2015. Tive o privilegio de fazer parte da equipa que percorreu o trajeto desde a nascente no Covão d'Ametade a Constância. O evento consistiu em transportar um testemunho com agua do escolhida em vários pontos do Rio Zêzere até à sua foz. Havia malta que ia fazer troços de BTT, outros em caminhada, outros em corrida, outros de canoagem. Estamos na presença de uma rota multimodal, que tem algumas estações onde a logística de trocar de equipamento é facilitada.

Foi um fim de semana cheio com um grupo de amigos fantástico.

Fica o video que passou na RTP:


E junto a foto da passagem de testemunho no concelho da Guarda, em Valhelhas, registado pelo fotografo da autarquia.

Foto: Câmara Municipal da Guarda

Mais informações sobre a rota aqui:

domingo, setembro 20, 2015

Retiro das Adegas



Domingo foi dia de (pela primeira vez) participar no 3º Raid BTT Retiro das Adegas, nas Sarzedas (Castelo Branco). Como os Kms, nas pernas têm sido poucos e ainda apor cima só tinha "disponível" a manhã de domingo, quando me inscrevi optei logo pela meia maratona. Desta forma, o Coelho foi arrastado comigo para o percurso pequeno.

Andámos sempre os dois, mas algumas vezes o Koelhone lá teve de acalmar os cavalos, pois senão não dava para mim. Mesmo assim, até nem correu mal. Conseguimos um andamento certo, de forma a completar os 50 Kms sem nenhum percalço (minto.... ainda houve uma cambalhota, por causa dos mesmos cavalos). Com muita pena nossa, não pudemos participar no resto da festa (almoço, etc.) pois tínhamos horas marcadas cada um em sua casa.

Gostamos do que encontrámos. Não é muito normal pedalarmos por aquelas bandas, mas sendo assim.... para o ano lá estaremos, com mais tempo para poder participar na maratona ;)



sábado, setembro 05, 2015

Mondeguinho 2015


A já tradicional Volta do Mondeguinho do Clube de Montanhismo da Guarda realizou-se uma vez mais. Esta travessia que se "resume" a basicamente 100 Kms, tem inicio na Guarda, passagem pela nascente do Rio Mondego e regresso à Guarda não repetindo o percurso.

A minha volta  teve de ser diferente, pois trazia companhia atrás. Eu e esta bonita companhia, andámos perto de 20 Kms. Começamos no Mondeguinho e fomos na direção do Malhão até encontrar a malta que vinha da Guarda. Assim que os encontrámos, tomamos o destino do Ti Branquinho, onde a D. Judite nos serviu o habitual petisco. 

Presunto queijo e pão e já não precisamos de mais nada. Ah.... afinal precisamos. Precisamos do gato, que o nosso amigo Zé fez questão de oferecer à "menina". Obrigado Zé. 

Depois de "comidos" e "bebidos", e só depois da foto de grupo a malta arrancou para a segunda parte, rumo à Guarda. Já nós andámos pelo observatório, Penhas Douradas e Vale do Rossim, até chegar a hora  de ir embora e dormir a soneca (já no carro com o pai).



domingo, agosto 30, 2015

Penacova


E o mote para esta foi..... a 8ª Corrida dos Moinhos de Penacova. A corrida é mesmo a pé, um trail de 20 Kms, que rapidamente teve malta rija para alinhar, apesar de correr não ser a nossa praia.

Como correr 20 Kms, precisa de aquecimento, esse foi feito no dia anterior com uma voltinha de estrada. O Vicente e o Sergio Currais, levantaram-se mais cedo para começar a pedalar até à Covilhã, onde se juntaram aos restantes 5. O destino foi Penacova, mas por estrada de pouco transito: Tortosendo, Pedras Lavradas, Ponte das 3 Entradas, Avô, Barril do Alva, Côja, Arganil, Moita da Serra, São Pedro de Alva, Porto da Raiva, Penacova.

Foi uma espécie de "fim de semana do Colcurinho" como fazíamos antigamente (2008, 2009, 2010).



O dia seguinte foi sem bicicleta. Grande fim de semana!!



domingo, agosto 23, 2015

Pequeno grande passeio



Os passeios têm sido mais pequenos (em distância), mas não deixam de ser grandes passeios. Desta vez levámos a mãe a passear pela serra. Muito bem mãe!

sábado, agosto 22, 2015

Vide - Torre




Hoje foi dia de subir à Torre.

Mas por onde? Não me apetecia ir pela "normal" subida da Covilhã, mas também a volta teria de ocupar só a parte da manhã. O tempo estava estranho, algum, vento, céu cinzento,.... pensei vou às Pedras Lavradas e logo vejo, como o dia corre e logo decido o que fazer sem comprometer os meus horários. 

À medida que me aproximava das Pedras Lavradas, o vento e as nuvens ameaçavam cada vez mais. Cruzei-me com alguma malta no sentido contrário, mas com queixas do vento e do frio. Avistava nevoeiro, o que ali também é comum. Fui andando e lá no meio do nevoeiro denso, optei por descer até à Vide. Ponderei voltar atrás, ir por Loriga, mas a "meteo" que tinha visto se batesse certo iria proporcionar-me o fim da manhã mais meiga do que aquele que estava a ter.

Durante a descida para a Vide a chuva miudinha, não parou. Pensei várias vezes "fixe me####", "vais sofrer para voltar para casa". A descida foi sempre a travar por causa da estrada molhada (eu tb molhado) e de sentir algum frio. Comecei a subida na Vide com chuva e os primeiros 10 Kms foi sempre a levar com agua. Como é sempre a subir não se arrefece. Ponderei virar para Loriga na Portela do Arão, pois com o tempo a não mudar subir à Torre seria garantia de sofrer um pouco mais. Felizmente o tempo abriu, e na Portela do Arão decidi subir pela estrada do São Bento, mais 8 Kms bem empinados e assim que se chega à estrada nacional 339, a subida continua (mas aqui já são favas contadas tendo em conta o que está para trás).

Pelo caminho apanhei uns companheiros da Covilhã (Luis Filipe, João Sousa, e outro amigo que não conhecia). Segui com eles até à Torre. Também eles já tinham andado por Loriga e São Romão e já estavam de regresso à Covilhã.

Seguiu-se a Torre após esta bonita subida que na pratica são 3 subidas encadeadas, Vide-Portela do Arão, Estrada do São Bento e Cruzamento da Estrada do São Bento-Torre. Tudo isto rende quase 1700 metros de desnível em 30 Kms. 

Bela manhã!!

quinta-feira, julho 23, 2015

O noturno da Torre

foto: José Ângelo 

Este ano tenho feito poucos nocturnos, mas este mês já conto com dois. Além da épica jornada em noite de quase lua cheia, a quinta feira foi dia de ir virar à torre com mais 19 "marmanjos".

quinta-feira, julho 09, 2015

Desta vez fomos ao Piao


Felizmente sou muitas vezes desafiado pelos meus amigos, para uma boa volta de bicicleta. Esta foi mais uma delas que não podia dizer que não. 


Ainda demos conta de malta a voar. Pensamos que seria o Pedro.... (o do gato :)), mas afinal não era. Esse estava do outro lado da serra para também ir voar. Nós lá continuamos o nosso passeio, desta vez ao Pião.


domingo, julho 05, 2015

Grande noitada


Foto: Rogério Cunha

Após uma viagem de quase 500 Kms ao volante, o mais normal seria ficar por casa a descansar. Mas desde à uns dias atrás que havia convite para "ir prá noite".  A noite prometia!!! No ano passado, a noite tinha saído um estrondo e este ano também o prometia ser.

Um pouco a medo, pois a "martelada" do sono podia chegar a qualquer altura fui para a noite com o pessoal!! Juntei-me aos meus amigos Miguel Silva, Rogério Cunha, Emanuel Pina, Filipe Roberto e o Luís Cordeiro. 

Às 22:30 estávamos quase a pedalar serra a dentro....

A noite teve direito a tudo e foi uma animação. Em ambiente descontraído o grupo teve direito a subir ao Alto de São Gião, à Azinha, à Santinha e à Torre. Passámos em sítios como Valhelhas, Mta do Fragusto, Srª da Assedasse, Portela de Folgosinho, Vale do Rossim, Lagoa Comprida, etc....,, ou seja muitos e bons ingredientes.

Foi sem duvida uma noitada fantástica, com uma companhia do melhor. Obrigado amigos pela excelente companhia.

A foto "roubei" ao Rogério. Entre muitas que a malta tirou roubei esta do grupo na Santinha.





quinta-feira, julho 02, 2015

Fui à Foia


Já são 5 vezes que em Maio (mês da Transportugal) atravesso a Serra de Monchique e sinto a Foia ali bem perto.

A Foia é o ponto mais alto da Serra de Monchique com os seus 902 metros de altitude e é uma das passagens obrigatórias para quem dá umas voltas de bicicleta. Ainda não tinha tido a oportunidade de lá ir, mas agora sim, já posso dizer que fui à Foia :)




domingo, junho 21, 2015

8 Maratona BTT Gardunha


Foto: BTT Gardunha

Mais uma Maratona BTT Gardunha. Do clube, participámos eu e o Coelho. O dia adivinhava-se quente.... bem quente. Tendo em conta o percursos, iriamos "penar" com o calor. 

A partida foi dada um pouco depois das nove horas e lá seguimos nós para mais uma investida na Gardunha. Já conhecia grande parte dos trilhos por onde passámos, mas aqueles que para mim eram desconhecidos foram uma agradável surpresa. Adorei! 

Depois de passar perto do Cavalinho a primeira vez descemos para o Casal da Serra e de seguida Louriçal do Campo. A hora que calhou passar aqui era a parte mais temida. Passei lá perto das 12:00, o que num dia quente como este, a juntar à encosta mais quente desta bonita serra, era um acréscimo de dificuldade. Mas esta malta do BTT Gardunha, não facilitou e pontos de agua havia em abundância. Cinco estrelas!!! Andei praticamente sempre sozinho, tranquilo e ao meu ritmo, mas na segunda subida do dia, sair de Castelo Novo rumo ao Cavalinho uma vez mais, encontrei o marretas. Grande marretada levei. A partir dessa altura fui andando. Só ganhei um novo animo assim que vi chegar os meus amigos Rogério Cunha e Miguel Silva. A Partir daí fomos sempre os três até ao final onde o Koelhone já esperava por mim.

Dia quente, mas 5 estrelas. Adorei o percurso deste ano. 


domingo, junho 07, 2015

GR do Vale do Côa



Um fim de semana "à moda antiga". Que dureza, tanto calor, tanto calor e tanto calor. Já deu para perceber que esteve muito calor.
Confesso que quando se agendou a Grande Rota do Vale do Côa (GRVC) no inicio do ano, para este fim de semana, era pela razão de já termos por esta altura muitas horas de luz (dias grandes) e alguma probabilidade de não apanhar muito calor. Mas essas contas saíram furadas, estiveram dois dias de calor dignos do pico do Verão. Tempo muito quente e praticamente sem vento foram o acréscimo de dureza do fim de semana. 
No plano trazíamos para o primeiro dia percorrer os trilhos desde a nascente do Rio Côa (na Serra das Mesas) até Almeida e no segundo dia ligar Almeida ao Rio Douro, mais propriamente à foz do Rio Côa.

A GRVC possui um site na internet onde podemos consultar todo o tipo de informação sobre a mesma. Desde conselhos, dicas úteis, locais para dormir, download de tracks, folhetos informativos, sugestões para planeamento de etapas, etc.... Sem duvida um excelente complemento para quem desejar conhecer esta bonita rota. O site é: www.granderotadocoa.pt . Mais ainda, quem quiser ter "à mão" no seu smartphone este tipo de informação basta instalar a app móvel GRVC: www.granderotadocoa.pt/pt/noticias/127-app


Como o dia ia ser longo, decidimos começar bem cedo para podermos fazer alguns Kms "pela fresca". Assim, um pouco antes das 7:00 já estávamos prontos para ir à procura da nascente do Rio Côa e começar a aventura.



Depois de registarmos o momento e de encher os cantis com água do Côa, iniciámos a descida pelo percurso da GRVC. Alguma pedra solta, alguma vegetação.... começava aqui a amostra do que iria ser o nosso fim de semana.



Ainda com o tempo fresco da manhã, parámos logo nos Foios. O ter levantado cedo implicou tomar o pequeno almoço cedo e sem grande tempo para tratar da mochila, não levei grande farnel. Teria mesmo que ir parando pelo caminho e nos Foios tomámos todos o segundo pequeno almoço.





Depois dos Foios, seguimos para as imediações das aldeias vizinhas de Vale de Espinho e Quadrazais.



 
Junto à ponte do sobre o Côa perto de Quadrazais, começámos a subir. Poderia dizer que era a subida do dia, mas tendo em conta do que apanhámos durante todo o dia, esta subida para a Machoca (marco geodésico) não tinha dificuldade nenhuma.
Mas para ajudar "à festa" apareceu na minha bicicleta um problema técnico que nunca me tinha sucedido. A mola do desviador traseiro partiu e deixou-me somente com o carreto de 32 dentes. Ok, dava jeito para a subida, mas não era necessário tanta leveza. Desta forma só conseguia usar decentemente os pratos pequeno e do meio (22 e 32 dentes respectivamente) do pedaleiro.



Lá chegámos à Machoca, quase a pedalar em falso tal era a rotação. Foi então que ligámos para a Garbike, para ver se não havia por lá uma mola para substituir a partida do meu desviador SRAM. Com mola ou não eu tinha a certeza que dali sairia uma solução. Estes meninos não falham :)
O Zé, que este fim de semana ficou a dar apoio, foi até à Guarda tratar do assunto.




Apesar da subida à Machoca nos desviar do leito do rio as vistas lá em cima valem a pena o esforço. Com vista para a raia, para a Guarda, a Covilhã e a Serra da Estrela e mesmo ali perto a barragem do Sabugal. O caminho (recentemente alcatroado) entre Quadrazais e Malcata também é giro, mas por aqui fica-se mais bem servido.


Para não andar com excesso de rotação em demasia, tive de aldrabar as mudanças de trás. Com o batente do desviador e com o cabo das mudanças, "tranquei" a corrente no carreto de 28 dentes. Assim, já mais facilmente usava os 3 pratos do pedaleiro. Desta forma já consegui um andamento mais normal pela Malcata e para contornar a barragem do Sabugal.







Chegámos ao Sabugal pelo pior sitio à beira do rio. O caminho é o que está em cima, ou seja, a precisar de uma manutenção a sério.


Torre das 5 quinas à vista e lá fomos nós picar o ponto ao castelo. Podia ser opção nossa, mas não. O trajecto era mesmo por lá.






Chegámos ao Sabugal com 50 Kms. Isto já era um sinal que o dia ia ser longo. Paramos num café para beber uma agua fresca, pois o calor já se fazia sentir. O Zé estava a chegar. O David (Garbike) tinha-me enviado um desviador exactamente igual ao meu. Fantástico! Bastou tirar um, colocar outro uma pequena afinação e lá fiquei de novo com as 3x9 velocidades. Obrigado David, 5 estrelas. Obrigado Zé.
Deixámos o Sabugal e descemos novamente ao Côa.




Esta parte da GRVC é das zonas mais bonitas, mais frescas, mais verdes e com bastante sombra. Subimos à Quinta das Vinhas e voltámos a descer ao rio. O calor aqui já "picava" bastante. Seguimos para a Rapoula do Côa. Pelo caminho ainda nos cruzámos com um bom grupo de caminheiros.




A partir desta altura sombras eram coisas raras. Por isso, qualquer uma que aparecesses convidava a parar um bocadinho. Claro que podemos incluir também, passagens sobre o rio e PRINCIPALMENTE cafés :)
Na Rapoula do Côa, parámos no café para podermos beber algo fresquinho.


Seguimos para o Seixo do Côa e de seguida Valongo do Côa. Nesta zona havia dois locais que mereciam parar por lá um pouco. São elas a praia fluvial de Insua e as Termas do Cró. Mas os dois desvios ainda eram consideráveis e o sol estava a descolorar os nossos capacetes a cada minuto que passava.




Depois de Valongo do Côa, voltámos a ter um pretexto para parar. O açude convidava a um molha pés.



Poucos quilómetros depois estávamos na conhecida Ponte de Sequeiros. Mudámos de margem deixando para trás o concelho do Sabugal e entrámos assim em terras do Morais (não fosse ele da Miuzela do Côa).




Na ponte sobre o Côa, que liga Badamalos à Miuzela do Côa, fizemos uma alternativa com mais lógica. Continuámos na mesma margem em vez de ir por Badamalos. Atestámos de água e mais qualquer coisa por "terras de Morais" e seguimos à beira do Côa até Porto de Ovelha, onde já tínhamos o Zé à espera.
Na ponte de Porto de Ovelha já trazíamos 85 Kms bem sofridos e quentes. O Morais decidiu fazer companhia ao Zé (o nosso Anjo da Guarda deste fim de semana).
Entretanto nós seguimos. Ligámos Porto de Ovelha ao Jardo e de seguida novamente para junto do Côa.





Depois de uma bonita calçada que eu desconhecia, passámos por um pequeno passadiço de cimento, onde o Coelho me alertou que estávamos na foz do Noeme. Gosto de saber estes pormenores. Gosto de saber onde ficam as coisas por onde passamos. Mesmo assim há tanta coisa que nos escapa.... Esta zona raiana, tem muita historia escondida, muito pormenor. Este rio que muitas vezes que delimitou fronteiras, assistiu a batalhas tem agora uma nova forma de se dar a conhecer através desta rota.
Já o malfadado Noéme (nascido em Vale de Estrela) nem sei como aqui chega "vivo" de tão mal tratado ser.




Mais uma voltinha neste bonito carrossel e deixamos novamente a margem do rio, para subir às imediações do Paraisal.


Depois de passarmos bem perto dela, eis que conseguimos ter ama vista privilegiada para a ponte ferroviária perto da Malhada Sorda. Bem bonita!
Entretanto descemos ao Açude por baixo de Castelo Mendo e iniciámos a subida para sair do buraco e "saltar" para a Ponte de São Roque.




Na Ponte de São Roque já lá tínhamos os amigos à espera. Refrescamos o organismo, arrefecemos o motor à sobra na esplanada e seguimos viagem, pois estávamos com 99 Kms percorridos. Talvez mais 10, pensávamos nós. Hummm... talvez mais qualquer coisita.



Depois de quase chegarmos a Mido, voltámos a descer para o rio, mas desta vez tivemos algumas dores de cabeça. Primeiro chegámos a um local que mais parecia não ter saída. Mas com a bicicleta às costas, lá apanhámos novamente as marcas. Mas uns metros depois estávamos praticamente dentro do rio e a passagem parecia absurda. Tudo cheio de mato, com muita vegetação. Não podia ser por ali (nem mesmo a pé). Voltámos atrás e apanhámos um caminho largo em terra, que nos levou novamente ao percurso Entretanto, voltámos a andar "às aranhas" numa zona em que o percurso entrava por uma propriedade com gado e sem caminho evidente. Que dor de cabeça. O que custou mais, foi o o já termos muitos Kms no pêlo, muito calor na cabeça. Andar o dia todo a beber agua quente provoca algumas alterações comportamentais :)
Mas dessa parte nem fotos tirei.....


.... os registos seguintes já eram a todo o gás, a caminho de mais uma passagem sobre o rio.




Já do outro lado novamente, restava subir para Almeida. A subida da calçada para a ponte grande sobre o Côa muito famosa no meio BTTista da região.



Alma até Almeida!!
Podem não acreditar mas às 20:00 estávamos a chegar a Almeida e a ser recebidos com foguetes e os sinos a tocar. Só podia ser por nossa causa :)
Acabámos o dia com 120 Kms e com 2400 metros de desnível vencido. Claro que para a quilometragem que fizemos, podia ter sido mais desnível, mas a dureza do dia deveu-se a algum caminho pedregoso, mas acima de tudo ao calor sentido durante todo o dia.


Depois da banhoca tomada, tranquilos e descansados, fomos jantar os 4 ao "Granitus". Não levei maquina fotográfica, mas fomos tão bem tratados que até me sentia mal se não arranjasse uma fotografia do restaurante. Aqui fica ela (retirada do street view do google)



Depois de uma noite bem dormida na Casa da Juventude. Estávamos mais que prontos para um segundo dia a pedalar. Em tom de brincadeira até dizíamos que como tínhamos adiantado serviço no sábado (120 Kms), menos tínhamos que fazer no domingo.
Domingo, saímos mais tarde para termos a possibilidade de tomar o pequeno almoço. Fomos novamente ao "Granitus" que até nos fez o favor de abrir um pouco mais cedo.


Começámos a pedalar às 8:30 e o dia já era bem amarelo e quente.




Pedalámos no sentido da Fonte Santa que se situa a meia encosta e depois subimos novamente ao planalto para chegarmos às Cinco Vilas.


 
Tal como em muitas outras terras, havia festa nas Cinco Vilas e apanhámos a aldeia toda enfeitada.




Desta fonte não me irei esquecer tão cedo. Soube-me tão bem a água fresca que aqui bebi.




Se as contas não falham desde as Cinco Vilas até à foz do Rio Côa, faltavam apenas 79 Kms.



Depois das Cinco Vilas, fomos visitar novamente o Rio Côa.



Tenho andado a esquecer-me de relatar um pormenor deste fim de semana..... "o palhuço nas ventas". As ervas altas e secas foram uma constante. Como consequência, muitas vezes já andávamos camuflados com ervas no capacete, na transmissão, guiador, sapatos, etc....
Mas tudo isto "faz parte".



Adiante, e um cenário que desconhecia. A ruína de uma velha ponte (romana talvez) sobre o Rio Côa.


A mudança de margem é feita novamente por um muro de um açude que se não estou em erro, nos leva do concelho de Figueira da Castelo Rodrigo para o concelho de Pinhel.



Estas bandas já foram mais vezes "batidas" por nós em outras ocasiões. Por exemplo em 2010 passámos por aqui a caminho de Freixo de Espada à  Cinta à procura de amendoeiras em flor. Cores bem diferentes.... as cores até prefiro estas, mas a temperatura preferia aquela para usar calças e casaco.








Este pequeno troço é de uma beleza extraordinária. O Côa aos nossos pés, a Serra da Marofa à nossa frente conjugam uma uma bonita paisagem que temos o privilégio de contemplar. Mais ainda quando associado às fotografias nos recordamos de algum sacrifício deste dia.

Mas aqui era a descer para a ponte do Bizarril da famosa excumungada (nome da estrada que liga Pinhel a Figueira de Castelo Rodrigo).


Chegámos à estrada e como não iamos nem para Figueira, nem para Freixo, virámos para a esquerda em asfalto. Cruzámo-nos com o nosso Zé e rapidamente encostámos numa boa sobra à beira da estrada.

Este "artista" estava com um conversa que eu não estava a entender bem, mas que (como o conheço) logo vi que trazia alguma agua no bico. Como eu já estava cheio de fome, marchou o chipicao que trazia de reserva comprado no "Nosso Bar" dos Foios.  Foi então que nos abriu a mala do carro....

Foto: José Alberto 

Só tenho penha de não ter tirado a foto à CAIXA DE CEREJAS, que estava na mala. Este Zé não brinca em serviço. Grande amigo, o nosso Anjo da Guarda do fim de semana :)
Comemos, comemos, comemos..... estava a ver que já ficávamos por ali.

Foto: José Alberto

De volta ao Côa, demos entrada numa zona que por acaso já conhecia, mas de canoa. Há uns anos valentes eu e uma malta do clube andámos por aqui no rio não me recordo é se começámos aqui ou terminámos a descida.



Mais uma subida boa. O calor estava um exagero, pois no vale junto ao rio não corria nenhum vento e no fim das subidas estava igual. Valia-nos a transpiração para arrefecer a pele e uma ou outra sombra (coisa rara neste dia).






Mais caminhos "batidos" em outras alturas...
Neste cruzamento já passei algumas vezes e em vários sentidos. As razões foram GR22 (a primeira vez), GR22 (a segunda vez) e Amendoeiras 2014. E GR22, a terceira vez?? Talvez um dia destes para estrear a manutenção e o novo desenho desta bonita rota.


Devia ter vergonha, mas é verdade..... Foi a primeira vez que entrei em Cidadelhe. Tantas vezes já por aqui andei e nunca tinha passado esta placa. Sabia que tinha esta falha, mas finalmente foi colmatada.


A paragem foi logo no quiosque à entrada da aldeia, onde fomos atendidos por uma cara familiar, um natural da terra mas que reside na cidade mais alta. A sombra da árvore no pátio do quiosque, neste dia de sol, equipara-se a um oasis no deserto.



Depois de uma (ou duas) agua das pedras (com groselha), descemos à Ponte da União. Esta ponta passagem do Rio Côa, outrora assegurada por um caldeiro sobre um cabo de aço tem uma história curiosa que se pode ler numa das suas margens.
Há uns anos atrás, tive a oportunidade de registar na fotografia esse mecanismo de passagem de margem, está aqui neste relato.





A saída do Côa foi feita por asfalto. Não fizemos a subida toda, porque não estávamos a fazer a GR22 (senão teria de ser).



Abandonámos esta bonita rampa para entrar na reserva da Faia Brava. A GRVC atravessa esta reserva e para isso são necessárias várias coisas onde a atenção é uma das principais, tal como fechar os portões/vedações que atravessarmos.




Do outro lado do rio, existe isto.....


.... penso já a ter fotografado mais vezes. Um dia destes temos de a conhecer melhor.





Em Algodres, parámos no "Escondidinho", onde entre uns sumos e umas batatas fritas, descansámos à fresca.
De seguida entrámos então em Almendra. Esta povoação não passa despercebida e nota-se bem que já foi terra de grande importância. Para isso basta apreciar as duas igrejas por onde passámos e o imponente solar no centro do povo.




O prémio da paragem de autocarro mais típica foi ganha por Almendra.



Castelo Melhor já fica bem perto. Parece já ali e até é!!! No entanto ainda descemos um pouco e foi aqui que apanhámos com o ar mais quente e abafado do fim de semana. Que sensação ruim... quase que nos faltou o ar.




Entrámos em Castelo Melhor e fizemos nova paragem. Bebidas frescas eram urgentes novamente. Curiosamente nem fotos tenho, mas chego à conclusão que com o calor que estava, sempre que passávamos à porta de um café, largava tudo e entrava.


De seguida seguia-se o caminho do São Gabriel. Estas bandas até a minha menina de ano e meio pode dizer que já conhece, pois já por aqui passou às costas do pai, na caminhada das Amendoeiras deste ano que ligou o Museu do Côa a Castelo Melhor.



A tendência era descer, descer e descer.... e depois o Orgal descia-se ainda mais.



Confesso que não me estava a agradar terminar junto ao museu do Côa. A razão era simples se começámos na nascente deveríamos ir ver a foz. Preferia ir à foz do Côa do que subir ao museu. Até era mais fácil e tudo, mas o Coelho lembrou-se de melhor. Vamos à foz, passamos a ponte ferroviária sobre o Côa, visitamos a antiga estação do Côa e fazemos aquele conjunto de rampas que nos leva a Vila Nova de Foz Côa. Fantástico! :)






E lá fomos nós!!! Foz do Côa à vista. Lindíssimo local, o Douro é assim e com o Côa a ajudar, ainda melhor.




As crianças divertiram-se muito durante o fim de semana, até adeus disseram aos barquinhos.



Um especial obrigado a este senhor da fotografia de cima, que nos aturou durante todo o fim de semana. Grande amigo este Zé.



Foto do trio roubada ao Koelhone



Pouco depois, entrámos em Vila Nova de Foz Côa. Potente subida esta para terminar o fim de semana.
Andámos os dois dias a pedir chuva para ver se a temperatura ficava mais meiga. Não tivemos essa sorte. A chuva apareceu só mesmo depois das bicicletas estarem no carro para ir embora. A temperatura média deste dia foram 32 graus. Houve alturas de andarmos na casa do 40 graus. Tanto calor.....


Mas este foi um fim de semana 5 estrelas! Dois dias fantásticos a pedalar..... Obrigado companheiros por este memorável fim de semana. Um especial obrigado ao amigo João Marujo pela ajuda na preparação da actividade.