sábado, março 07, 2015

Aniversário Garbike


Foto: Garbike

Domingo, 8 de Março, foi dia de aniversário. Mas quem fez anos?? Quem fez anos, não é indiferente à comunidade BTTistica (e a toda a comunidade ciclista) da Guarda "e mais além". 

Foi à sete anos que o David Rebelo e o Alexandre Guilhoto fizeram nascer a Garbike. A forma de ser e de trabalhar destes dois amigos fizeram com que a frase "mais que uma loja, uma religião" fizesse cada vez mais sentido. Admiro estes dois grandes atletas/amigos/empresários.

Tencionava participar em todo o passeio, mas a minha princesa mais pequena, deitou-se tarde e de manhã.... esperei que o "soninho santo" terminasse para irmos até à Guarda. Enquanto ela ficava com os avós e a tia eu iria juntar-me a esta festa. 

Com o track no GPS, "planeei" várias alternativas pois há hora de começar o passeio eu ainda estava a 50 Kms da Guarda. Assim fiquei "pronto" liguei ao amigo Janeiro para saber onde ele andava a pedalar. Liguei ao homem certo!!! Estava na logística, no abastecimento (onde eu conseguiria chegar depressa) e o grupo ainda não tinha lá chegado.

Assim que cheguei, pouco esperei para começar a chegar pessoal. A única foto que tirei com o telemóvel  foi esta (ainda estavam pouco:))


Seguiu-se o resto do passeio pelas margens da Ribeira de Massueime, Alvendre, a conhecida "escolinha" e de volta à cidade mais alta. Antes do banho, na companhia do Ricardo Fonseca e do Zé Luís, tentámos matar a sede na praça velha, mas.... em vão pois apesar do dia bom tudo onde se come ou bebe estava fechado. A tentativa seguinte também não correu bem. Foi  só mesmo à terceira que conseguimos beber qualquer coisa.

A festa continuou em Alfarazes, com o almoço e muito boa disposição. Parabéns amigos! 


domingo, março 01, 2015

Amendoeiras 2015


Já tinha saudades de ter "matéria prima" desta qualidade...... 


À semelhança dos últimos anos, a actividade das Amendoeiras em Flor organizada no Clube de Montanhismo da Guarda é dividida em duas actividades distintas: caminhada no domingo e travessia em BTT no sábado. Basicamente com o propósito da participar na caminhada de domingo, um grupo de caminheiros que também andam de BTT fazem a ligação desde a Guarda até ao local onde a caminhada se vai realizar no dia seguinte.

Este ano, o nosso destino foi Vila Nova de Foz Côa. Sábado, a travessia em BTT ligou a Guarda a Vila Nova de Foz Côa e domingo a caminhada foi integrada na "1ª Caminhada por Terras do Paleolítico" (organização Rodeiras de Xisto com o apoio do município de Foz Coa e da Junta de Freguesia de Castelo Melhor)

Para mim e para o amigo Rato (da Lezíria), o fim de semana de actividade começou logo na sexta feira à noite com a dormida na camarata da sede do clube.


Para que os inícios madrugadores das actividades, não sejam um entrave aos sócios que moram longe, existe sempre a possibilidade de pernoita na camarata. Assim, até um participante que vem de Santarém acaba por ser o primeiro a chegar. :)


O dia de sábado acordou cinzento. Assim que acordei e olhei para a janela vi chuva, nevoeiro e ouvia-se bem o vento. Pensei.... já não aparece cá toda a gente. Enganei-me! Até houve quem aparecesse de calções, quem viesse de Santarém, de Lisboa e ainda houve direito a estreias.


No meio da neblina, deixamos o Largo do Torreão, descemos a calçada romana, passámos à Cruz da Faia e de seguida o Barrocal. Basicamente o caminho normal para quem quer sair da cidade por um sitio bonito. O nevoeiro é que não nos deixou ver muita coisa, só mesmo aquando da passagem pelo Alvendre é que já começamos a ver alguma coisa.


A seguir ao Alvendre descemos ao vale para junto da Ribeira de Massueime.  Este afluente do Rio Côa fez-nos companhia por diversas vezes. Tal como nós neste dia, também ele ruma a Norte até ao ponto que as suas aguas "nascidas" na cidade mais alta se misturam com as aguas vindas da Serra das Mesas onde nasce o Rio Côa.


Comentamos por diversas vezes a beleza desta zona. Entre muros e carvalhos, terras de cultivo e pinhais, fomos progredindo por Vila Franca do Deão e Avelãs da Ribeira, por trilhos já nossos conhecidos onde inclusive já passou uma edição da Invernal de BTT Cidade da Guarda.





Chegámos a Alverca da Beira (outrora sede de município). O Gonçalo (vindo de Lisboa), tem as suas raízes aqui. Ao passar junto à Capela do Senhor da Oliveira, explicou-nos parte da uma historia caricata que envolve esta pequena capela. Se repararmos bem a mesma tem duas partes independentes.... 


Neste momento uma parte é a capela e de outro lado é um palheiro/garagem particular.



Logo depois de Alverca da Beira encontrámos novamente (vinda da cidade mais alta) a Ribeira de Massueime. Parámos por lá, pois esta malta gosta sempre de apreciar construções antigas como é o caso desta ponte sobre a ribeira.





Depois de atravessar a estrada nacional 226 seguimos até à Granja, onde já conseguimos apreciar a paisagem como se de um pequeno miradouro se tratasse.





Seguiu-se a Vendinha, passámos ao largo da Povoa D'El Rei e entrámos no Sorval (concelho de Pinhel), onde o nosso Sérgio Pissarra apareceu com o jipe/reboque e o resto do nosso material. Aqui fizemos a primeira paragem mais demorada. Sim, porque paragens durante o dia fizemos muiiiitas, não andássemos nós por aqui a passear.

O amigo Sérgio Pissarra não é um adepto das bicicletas, nós até gozamos com a situação dizendo que ele tem aversão às duas rodas e que deve ter dado um trambolhão muito grande quando era miúdo e bateu com a cabeça, mas...... é graças ao apoio dele que a malta vai mais segura e tranquila durante o dia. Pois se algo acontece, ou se as pernas não respondem ao dono, o Serginho logo aparece para os carregar no jipe.







Passámos pela Santa Eufémia, por Vieiro e de seguida descemos ao vale.






O vale que descemos levou-nos novamente à Ribeira de Massueime. Neste local, já o seu caudal é maior. Valeram-nos as seculares poldras para atravessar a ribeira. Ribeira ou Rio?!? O Massueime em muitos locais é chamado de ribeira e em outros de rio. Neste ponto (após lhe desaguar a ribeira dos Cótimos) já tem um aspecto mais "corpulento".




As chuvas do Inverno trouxeram, como é normal, muitos ramos de árvores. Se não são removidos até às próximas chuvas podem deitar a perder esta forma de unir as margens, pois neste momento tudo o que ali está "preso" oferece muita resistência à passagem das aguas.



Ao mudar de margem, deixámos para trás o concelho de Pinhel e entrámos no concelho da Meda, mais propriamente na freguesia da Coriscada.



Um pouco antes de entrar na aldeia, surge lá no alto à nossa direita uma pequena capela num privilegiado e bonito local. Ficou-me logo na memória para depois em casa tentar saber a quem é dedicada.

Mas um pouco mais à frente encontrei a resposta, uma seta a indicar "Santa Barbara".


Só podia ser mesmo. E explico porquê, com as duas seguintes fotografias:

Entre outros, mas pode ser encontrada nesta publicação "Os três do Açor"

E outro exemplo numa etapa da conhecida GR22




Na Coriscada, não demorámos muito, mas deu para fotografar a igreja matriz e o bonito solar dos Viscondes da Coriscada, bem no centro do povo. 

Um pequeno "à parte".....
Francisco Joaquim da Silva Campos Melo foi um industrial dos lanifícios da Covilhã (e presidente do município da Covilhã) que por decreto se tornou no 1º Visconde da Coriscada (titulo atribuído pelo Rei D. Luis I de Portugal). Quem já passou pela Covilhã, sabe que nomes como "Campos Melo" e "Visconde da Coriscada" são familiares, daí o ter feito esta pequena nota. 





Assim chegámos a Santa Comba. Aqui fizemos mais uma paragem num simpático café em que os proprietários são fãs das duas rodas (com e sem motor). 
Em Santa Comba o grupo ficou mais rico. Dois amigos de Foz Côa (Carlos Gabriel e Toni) tinham vindo ao nosso encontro para fazer os últimos quilómetros connosco. Com estes dois companheiros ficamos a ganhar e muito, não só pela simpática companhia, mas também porque como conhecedores da zona nos levaram a Vila Nova da Foz Côa por autênticos postais ilustrados.






Lá mais para trás distinguia-se bem a Serra da Marofa.




Passámos por muita pedra pelo caminho (só não fizemos castelos por falta de tempo). Por vezes a pedra estava espalhada no caminho (foto acima) e outras vezes bem organizada em calçada (foto abaixo).




As paisagens tendiam para o fabuloso à medida que os quilómetros iam passado. As vinhas eram paisagem cada vez mais evidente.




A descida para junto do Rio Côa estava a aproximar-se. Como não podia deixar de ser a "subida do dia" fica sempre guardada para o fim. Tem sido esta a sina da Travessia das Amendoeiras em Flor. No ano passado, a caminho de Freixo de Espada à Cinta, a "trepa" foi mais dolorosa. Mas são estas que ficam para contar.....


Por aqui tudo cheira à Quinta da Ervamoira. A conjugação da quinta neste cenário enrugado do vale do coa, com o rio mesmo ao fundo é simplesmente fantástica. É daqueles locais que nos fazem parar de 100 em 100 metros para olhar, olhar, olhar....


A foto do grupo que por aqui passou foi tirada de um local magnifico. A foto somente ilustra a boa disposição da malta, mas o cenário aqui era grandioso.






Toca a descer.... e que descidas apanhámos por aqui :)






E foi aqui que os nossos amigos Toni e Carlos Gabriel nos desviaram do plano original para nos mostrarem um dos trilhos mais bonitos do dia. Apesar de mais difícil, ainda bem que o fizemos a subir..... assim deu para o gozar durante mais tempo.

As imagens ilustram este bonito local, bem perto do "Fariseu", um dos locais onde existem vestígios de gravuras rupestres da época do Paleolítico Superior. 






O trilho, já tinha referido o bonito que é. E a paisagem??? Estas vistas sobre o Rio Côa, com algumas amendoeiras em Flor na encosta foram a cereja em cima do bolo deste final de dia.












Assim que deixámos o singletrack, continuou-se a subir por um caminho ligeiramente mais largo. As paisagens continuam a enriquecer o nosso dia. Tudo isto é Portugal, tudo isto está aqui à beira de casa.


Durante a subida o Toni, deu-nos algumas explicações sobre alguns temas "rochoso" que foram desde o paleolítico até às actuais pedreiras no concelho de Foz Côa. A riqueza destes passeios também se deve a estes pormenores, há sempre algo a acrescentar ao que estamos a ver.



Felizes e contentes por este dia bem passado, chegámos a Vila Nova de Foz Côa. O fim de semana só agora ia a meio....


Seguiu-se a bela jantarada no Sunset Bar (que nos apoiou na logística), já na companhia da pequenada e de mais uns graúdos.



Como o fim de semana é de festa, ainda fomos provar um pouco dela no largo junto à sede do município.


Até que chegou a hora da deita. A malta seguiu para o pavilhão, cedido pela autarquia para dormir e eu como tinha cá as minhas princesas e os meus príncipes, optamos pela dormida mais confortável.


Domingo era o dia da caminhada. Este ano a nossa caminhada das Amendoeiras em Flor, resumiu-se à participação na "1ª Caminhada Por Terras do Paleolítico". Uma excelente organização Rodeiras de Xisto, com o apoio da Junta de Freguesia de Castelo Melhor e da autarquia de Foz Côa.


A concentração dos caminheiros foi junto ao gimnodesportivo. De seguida todos apanhamos o comboio até ao Museu do Vale Côa onde começou a caminhada.

Foto: Rodeiras de Xisto

Foto: Rodeiras de Xisto



A primeira parte foi só descer, descer, descer...



.... até junto do Rio Côa.
A "pior parte" era mesmo a seguinte, pois basicamente consistia em subir. Mas eram uma bonitas subidas, sempre com umas vistas agradáveis e sempre em boa companhia, neste grande grupo tão heterogéneo.





Tanto os grande como os pequenos se portaram bem. No final estavam feitos 14 Kms e todos estavam com o apetite para a feijoada que ia ser servida.
Foi a primeira caminhada da minha pequenina. A maior e os príncipes já tinham provado disto noutros anos, mas este ano deixaram-me muito surpreendido. No final os pequenos ainda tinha força para jogar à bola.



A pequena ainda andou a esticar as pernas.

Voltaremos a Castelo Melhor....


Track da Travessia em BTT