domingo, julho 24, 2016

O nocturno dos nocturnos


Mais uma grande noite.
A receita foi idêntica à de 2014 e 2015
Os companheiros foram o Miguel Silva, Rogério Cunha, Pedro Cordeiro, Emanuel Pina e o José Ângelo. 
Os ingredientes foram a Serra da Estrela, a tranquilidade da noite, a amizade, o bom espírito de grupo.... ah... e as bicicletas.

Só podia resultar numa bonita noite.

O plano foi o da figura abaixo. Um bom passeio aproveitando o facto de ter estado lua cheia durante a semana.


Este ano não tenho tido oportunidade de alinhar nos nocturnos com esta malta, mas neste, sendo fim de semana, lá deu para alinhar.

Às 22:00 saí de casa (atrasei-me) e fui ao encontro do Miguel e logo a seguir do Cordeiro. No Canhoso, à nossa espera estava o resto do grupo, Emanuel, Rogério e o Zé Ângelo. As 22:30 estava todo o grupo a pedalar, rumo ao Teixoso e Alto de São Gião.


A primeira foto de grupo foi tirada já com vista para Valhelhas, junto à casa florestal do costume. O Sarzedo já ficava para trás. Pelo caminho punha-se a conversa em dia....

Em Valhelhas é obrigatório parar. Será o ultimo local com café aberto que vamos encontrar até entrarmos novamente na Covilhã. Mas até chegar essa hora, muitas pedaladas se vão dar.
Era meia noite certinha no meu relógio, quando aqui nos sentámos.


Estava na hora de nos "enfiar-mos" serra adentro. Longe das luzes, mais perto das estrelas, mas sempre a conseguir ver todas elas.

Com mais 13 Km de subida (aproximadamente) estávamos junto à Azinha. Normalmente quem mais aqui sobe, não gosta de muito vento, falo da malta do parapente. Esta não era uma noite sem vento, muito pelo contrário o vento foi desde o inicio do passeio a nossa constante companhia. Por vezes com a transpiração até dava para ter algum frio. 




Azinha revisitada e está na hora de descer para o vale do Mondego, mas propriamente para a bonita zona da Srª da Assedasse, onde temos sitio para atestar novamente os cantis com agua fresca.



Por aqui há muito mais companhia. Os rebanhos de cães são os que dão o primeiro sinal de desassossego no tranquilo vale do Mondego. Apesar do barulho que fazem, não são cães de vir ao nosso encontro para nos correr dali para fora. Já lá vai o tempo em que passava por ali a pé (durante o dia) e dizia que era a ultima vez. Estarão os bichos mais familiarizados com forasteiros? Parece que sim. Estes últimos anos, seja de noite ou de dia, já raramente me sinto ameaçado naquele local. Mas já senti.... e não quer dizer que não haja surpresas. Daí que sempre muita cautela.


Dali, seguimos por "carretera" até à Portela de Folgosinho. Deixámos o asfalto logo à frente depois de mais uma paragem para comer e atestar os cantis. Bebemos bem, esta ultima "subidita". A seguinte é das boas até à Santinha. Mas surpresa das surpresas o caminho agora está muito bom, arranjadinho sem aquelas valas e crateras onde cabe um carro inteiro. O caminho está agora muito bom. Da forma como o encontrámos, com valetas e regos fundos a atravessar o caminho como se fossem lombas da estrada, arriscava dizer que pelo menos um inverno, aguenta.


Perto das 4 da manhã estávamos na Santinha. O vento incomodava, daí que  paragem não foi muito grande. Depois de vestir um pequeno agasalho para irmos até ao Vale do Rossim, seguimos o caminho pelo Malhão. Ainda nos enganámos. Dá para perguntar, "como é possível?", não é? Mas o caminho está muito alterado pelos madeireiros que por ali andam e quando é a descer, uma pequena distracção num cruzamento e descemos um pouco ao lado de onde era suposto. O Miguelinho, deu conta e lá voltámos atrás.


No Vale do Rossim, mais uma rodada..... Estávamos feitos uns bebedolas. Afinal de contas..... nós fomos "prá noite".


Uiiiii que sofrimento aí vinha. Até a escrever me irrita o caminho entre o Vale do Rossim e o Lagoacho. Tanta pedra, tanta sarrisca, tanta falta de tracção. Este caminho chateia. A luta é encontrar um "singletrack" no meio do estradão.



No Lagoacho olhamos para trás e já víamos alguma claridade. No horizonte uns tons amarelados e um azul mais vivo anunciavam o nascer do dia. Mas o Sol só o vimos mais tarde.




Depois do Lagoacho estava terminado o piso ruim. Seguia-se o caminho à beira do canal e a estrada nacional até à Torre.


Na Lagoa Comprida passámos por mais gente madrugadora..... pescadores a assomar-se no paredão da barragem.


Até escolhermos um local para contemplar o nascer do Sol, subimos uns metros e andámos mais uns quilómetros.



E eis que nasce o Sol para nós também.


O Rogérinho, registou este momento. Bonito não? O momento é fantástico e revela a tranquilidade, revela o companheirismo, a amizade, transmite o sossego por nós vivido naquela actividade e em particular naquela hora.


Seguiram-se uma sequência de fotos de grupo. As do costume, mas agora já com os 6 artistas.


E lá chegámos à Torre.... 



Tirámos a ultima foto de grupo junto ao marco geodésico e descemos para a Covilhã city, onde tomámos o café da manhã.




sexta-feira, julho 15, 2016

Torre X2 (Covilhã e Vide)


Esta é aquele tipo de volta de bicicleta em que se passa parte do percurso a sonhar com a descida da Torre para a Covilhã para chegar rápido a casa e colocar as bicicletas à venda no olx! 

Bem, a história deste passeio resume-se a sair cedo de casa para dar um passeio só durante a manhã. Com saída às 8:00 não me pareceu uma manhã quente e decidi subir à torre e depois logo via. Como tem sido habitual passadas duas horas estava na rotunda. Decidi descer e virar à esquerda, talvez Loriga, talvez Seia.... fui descendo e nem uma coisa nem outra, virei para a Srª do Desterro e de seguida São Romão. Ali tinha de decidir outra vez, Loriga, Seia e mais uma vez nenhuma das duas. Fui à estrada da beira a EN17. Aqui já levava a a pulga atrás da orelha com o regresso a casa. Ainda não sentia muito calor e eram umas 11 da manhã. 

Cheguei ao Torrozelo e desci por Sandomil para a Ponte das Três Entradas, estrada que só tinha passado algumas vezes e sempre em sentido contrário. Na ausência de tascos nas próximas horas, decidi na Ponte das Três Entradas, parar para comer uma bifana. Neste restaurante lembro-me sempre de um episódio com o Joca e com o Mané num fim de semana em 2011, com o famoso arroz do Joca.



Comi e fiz-me novamente à estrada. Já a sentir bastante calor na Vide tinha duas opções, a opção Torre e a opção Pedras Lavradas. Optei pela Torre e foi um grande sofrimento, mais pelo calor e pela ausência de sombras durante os quase 30 Kms de subida.

Bebi mais nestes primeiros 15 Kms do que durante os 80 que tinha feito até Vide. Felizmente entre a Portela do Arão e o cruzamento da Lagoa Comprida existe um pequeno "oasis" sempre com sombra e com agua bem fresca. Se não fossem os 15 minutos aqui parado para arrefecer e encher os cantis, teria sido terrível. 


Assim que cheguei ao cruzamento seguinte virei para a Torre e desci para casa. Depois de alguns "Pai nosso" e "Avé Maria" no inicio de cada troço (dos três) entre Vide e Torre, restavam-me uns "Ais". Um "Ai" na Nave de Santo António, outro na estrada do Refugio e outro já no Tortosendo. Não é que fossem grande coisa, mas já tinha subidas e calor a mais. 

E lá se fez um passeio para 8 horas e 140 Kms. A sorte foi ter chegado a casa à hora do lanche.



quinta-feira, julho 14, 2016

Mais 28 com o Tim





Mais uma manhã passada a pedalar com uma bonita companhia de um verdadeiro companheiro. Deu para subir, descer, aprender a circular na estrada com cuidado e acima de tudo gerir o esforço. Parabéns meu lindinho. Foram 28 Kms deliciosos (com direito a abastecimento de bolo de arroz)

segunda-feira, julho 11, 2016

Algarve




Tal como a Torre está para a Covilhã, a Foia (Serra da Monchique) está para Portimão e o Pelados (Serra do Caldeirão) está para a Quarteira. Claro que tudo está para alguma coisa na perspectiva de cada um.... e esta foi a minha.

A história da Foia, foi no Verão passado, a Torre já é mais habitual e depois de umas voltas por Loulé, São Brás de Alportel, Faro (aqui é que nunca mais vou de bicicleta), lá encontrei o caminho para o miradouro do Caldeirão. Pedalar nas estradas do Algarve para quem não é de lá (como eu) só mesmo longe da costa.